Se olharmos a filmografia de Catherine Hardwicke já é possível ver o quanto ela melhorou, pois um dos seus primeiros filmes foi "Crepúsculo", ou seja, quem conferir esse verá o incremento em número infinito, afinal aqui a diretora soube valorizar muito bem o personagem principal, trabalhou todas as nuances possíveis para que o filme ficasse empolgante, e principalmente soube conduzir a história com uma boa intensidade, pois vemos momentos em que tudo parece fluir para um rumo ainda mais insano, e que certamente veríamos um problema maior, e souberam levar para os melhores caminhos, ou seja, o filme está longe de ser um daqueles roteiros perfeitos de longas de ação, mas está tão bem trabalhado, com uma comicidade na medida certa e uma tensão de ritmo bem envolvente que acabamos entrando no clima que quiseram colocar, e com uma abrangência boa de momentos de ação, e claro de expressão, o resultado acaba funcionando bastante para agradar quem gosta do estilo.
Sobre as atuações, Gina Rodriguez tem um bom estilo, e consegue trabalhar os momentos de sua Gloria com uma dinâmica bem coerente, ao ponto que até torcemos para ela em alguns atos, e em outros vemos uma certa "ingenuidade" do roteiro, pois poderiam ter ousado mais com a jovem, porém ela conseguiu passar o ar desesperador de estar no meio de tudo, e seus dois atos de explosão foram muito bem feitos e inteligentes. Ismael Cruz Cordova trouxe para seu Lino uma personalidade de vilão daqueles que a mulherada até acaba caindo no gosto, pois tem o ar sedutor e também não entrega situações em que ficamos com tanto ódio dele, ou seja, o jovem ator foi bem no estilo e conseguiu chamar atenção, algo que é raro em filmes simples desse estilo. Da mesma forma o agente da narcóticos Brian vivido por Matt Lauria teve uma boa imponência cênica e desenhou bem seus momentos para com a protagonista, ao ponto que a jovem até se deixa levar muito fácil por todos (talvez o desespero!), e o resultado é que todos os atores que ela se envolve conseguem passar um ar de sedução e de imposição sobre ela, o que faz valer os atos. Ricardo Abarca já foi daqueles que fazem o ar de malvado do grupo, e seu Poyo tem estilo e consegue encaixar bons momentos, mas é secundário na trama, então só assusta e desaparece quase em todos os atos. E claro o mais conhecido de todos inicialmente com um visual completamente diferente que quase nem o reconhecemos é Anthony Mackie com seu Jimmy, que deu um tom bacana no miolo fazendo algo forte e assustador para com a protagonista, mas ao final seu personagem volta ainda melhor, e agrada para uma possível continuação. Quanto aos demais, tivemos algumas participações boas de Damián Alcázar comseu Saucedo, Cristina Rodlo como Suzu, Aislinn Derbez como Isabel e o jovem Sebastián Cano com seu Chava, mas nenhum chamando muito nos atos, e apenas o primeiro tendo mais momentos imponentes como o chefão da polícia e de uma gangue rival.
Visualmente o longa foi bem trabalhado em locações intensas de Tijuana, como a praça das touradas, uma reserva vinícola bem fotografada com nuances de pôr do sol e claro com mansões bem chamativas, uma mansão a beira mar com uma festa bem imponente, e claro as casas/desmanches no começo aonde as drogas rolaram a troco de armas, além de um rápido concurso de beleza que se gastaram muito pro tanto que entrou no ar tem de bater no diretor, ou seja, tudo simples, mas bem feito para realçar cada momento, e assim funcionar bem a proposta da trama.
Enfim, é daqueles filmes que conseguem ser até um pouco mais do que um mero passatempo, pois entrega tensão e diversão numa boa quantidade, criando momentos interessantes e bem desenvolvidos, que claro passa longe de ser algo memorável, mas que certamente dá para torcer para uma continuação, talvez dando uma melhorada no estilo da protagonista para não ficar tão assustada de expressões em alguns momentos. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado por comentar em meu site... desde já agradeço por ler minhas críticas...