Amazon Prime Video - Sem Remorso (Tom Clancy's Without Remorse)

5/02/2021 02:18:00 AM |

Se você gosta de filmes com boa ação, tiros, segredos americanos, boas interações e emoções, a pedida da semana é o grandioso lançamento da Amazon Prime Video, "Sem Remorso", que gastou tanto na produção quanto na divulgação, afinal onde quer que você olhe tem propaganda do filme, e não por menos, pois o filme tem muita intensidade, tem bons atores, e principalmente tem história pronta para mais que um filme além da possibilidade da junção com outros personagens famosos criados pelo mesmo autor, ou seja, é um pacote completo que pode dar muitas assinaturas para a plataforma de streaming. E é um filme que tem seu valor, afinal vemos um daqueles que ficamos bravos com os personagens, apostamos todas as fichas no mesmo vilão que o protagonista (eu inclusive em uma das cenas falei esse cara não me convence!), e somos surpreendidos com uma ideia que muitos apostam sobre conflitos de guerra, ou seja, é o tradicional filme que muitos gostam de ver, só não sendo melhor pelo mesmo motivo que é bom, quer vender um pacote maior, e assim deixa pontas abertas para continuações, e passando rapidamente um pouco de tudo acaba não explodindo como poderia, porém felizmente passa bem longe de ser algo ruim de conferir.

O longa conta a história de John Kelly (Michael B. Jordan), um oficial de elite da Marinha. Quando um esquadrão de soldados russos mata sua esposa grávida em retaliação ao seu papel em uma operação ultrassecreta, ele persegue os assassinos a todo custo. Unindo forças com uma companheira da marinha (Jodie Turner-Smith) e um sombrio agente da CIA (Jamie Bell), a missão de Kelly involuntariamente expõe uma conspiração secreta que ameaça envolver os EUA e a Rússia em uma grande guerra. Dividido entre a honra pessoal e a lealdade ao seu país, Kelly deve lutar sem nenhum remorso contra seus inimigos se quiser evitar um desastre e expor as figuras poderosas por trás da conspiração.

Diria que o diretor italiano Stefano Sollima soube pegar a história de Tom Clancy e desenvolver com um estilo bem trabalhado, com força visual e precisão de síntese, ao ponto que não vemos enrolações, tendo o protagonista direto nos embates, indo pras missões, conhecendo seus inimigos com amplitude e rapidez, e principalmente atirando para todos os lados, ou seja, é daqueles diretores que não ficam enrolando o público, contando historinhas, fazendo mil subtramas, e que soube dosar os momentos de explicação com dinâmicas fortes e bem feitas. Ou seja, mesmo que ele tenha usado do leque de poder criar uma trama com continuações, que poderá ser inserida completamente no mundo de outros personagens já famosos, e tudo mais, o diretor soube ser coerente com o público e entregou um bom filme de se acompanhar, entregando principalmente muita ação, tiros e envolvimentos, e agradando quem gosta de ver isso, mas certamente poderia ter ido ainda mais além com um impacto maior já colocando tudo agora, mas isso nenhum produtor deixaria acontecer.

Sobre as atuações, já está ficando até chato elogiar tanto Michael B. Jordan, pois ele tem acertado um personagem atrás do outro, e aqui seu John Kelly é cheio de personalidade, vingativo, porém preciso de estilo, com uma força levemente revoltada, e que chama a atenção nas atitudes, mostrando que o ator sabe como ser dinâmico e ainda desenvolver bem seus diálogos, ou seja, foi muito bem no que foi colocado para fazer e certamente terá um bom personagem para desenvolver em outros filmes também. Jodie Turner-Smith deu um bom tom para sua Karen Greer, mostrando uma mulher forte, de personalidade, e disposta a lutar com muita força como ocorre com a maioria das mulheres que vão para guerra, e seu estilo foi bem encaixado para ficar no meio termo entre amizade e responsabilidade, o que deu um charme a mais para sua proposta. Jamie Bell tem um jeito meio canastrão que acaba até fazendo com que fique em foco suas nuances, e aqui seu Ritter é daqueles que passamos a odiar logo de cara e que nada nos tira da ideia de ser o culpado de tudo, e com bons trejeitos e atos sempre duplos o agente da CIA faz uma linha interessante de ser acompanhada que agrada bastante de ser vista. E por último um Guy Pearce completamente diferente foi colocado como um secretário do estado, trabalhando seu Clay com boas nuances e intenções, não chamando tanta atenção e indo bem nos momentos claros do filme, até chegarmos num ponto de virada interessante para o papel, e o acerto ser bem colocado para os trejeitos que o ator escolheu e fez bem. Quanto aos demais, a maioria apareceu pouco e nem deu tantas conexões para a trama, e mesmo a esposa do protagonista bem rapidamente interpretada por Lauren London conseguiu puxar uma atenção ao menos para sua personagem.

Visualmente o longa entregou o tradicional de filmes de guerra, com extrações interessantes, muitos tiros, personagens se escondendo e atirando para todos os lados, vilões dando mil tiros e errando praticamente todos, mocinho dá um tiro e acerta, explosões, atos com armas imponentes, e claro prédios abandonados sendo usados como camuflagem, além de alguns atos meio que incoerentes, pois sabemos que militares ganham bem pouco, mas a casa do protagonista é daquelas grandiosas, apenas sendo um contraponto a se pesar, mas nada que tenha atrapalhado, pois os demais atos na prisão, na Rússia e até mesmo as do começo na Síria foram bem trabalhadas e envolventes visualmente ao ponto de combinar bem com o filme.

Enfim, é um filme que agrada bastante, mas que não surpreende, e diria que talvez ocorra isso pelo excesso de publicidade em cima dele, que faz parecer ainda mais grandioso do que realmente é, mas que como disse no texto todo tem seu envolvimento e funciona, então acaba valendo a conferida dentro do que foi proposto, e agora é esperar pelos futuros projetos em cima do que foi mostrado na cena do meio dos créditos (aliás não desligue a TV quando o filme acabar, pois quem não conferir esse momento certamente nas continuações não irá entender nada!). Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.


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