O diretor Tim Hill tem um estilo familiar e já acertou bem com "Hop" e "Alvin e os Esquilos", porém aqui foi sua primeira tacada sem animaizinhos fofos fazendo confusões, e com isso confiou sua tacada para um garotinho e seus amigos em embates com um senhor e seus amigos também, criando todo tipo de confusão, entregando sacadas bobas que talvez funcionasse se fosse em outro momento, e até usando um pouco de escatologia clássica para que o filme tivesse algo a mais para divertir o domingão da galera, mas não, tudo soa pesado e ao mesmo tempo bobo de ver, não desencadeando nem risadas nem surpresas, ou seja, acabamos vendo um filme sem grandes desenvolturas, aonde os protagonistas nem parecem estar afim do que estavam fazendo (e não digo isso apenas pelo que foi passado durante o filme, mesmo sendo notável, mas sim pelos erros de gravação durante os créditos que vemos a falta de química para chamar atenção nos trabalhos, tanto que optaram mais por mostrar o pessoal dançando do que algo mais interativo realmente). Ou seja, faltou algo mais carismático e divertido para que fosse realmente nos entregue uma comédia familiar, pois o resultado ficou bem longe disso.
Sobre as atuações diria que o jovem Oakes Fegley vai ter muito sucesso pela frente, pois aqui seu Peter embora faça algumas tramoias bobinhas para guerrear com seu avô, ele tem bons olhares e trejeitos marcados de forma interessante, ao ponto que envolve bem, e agrada da mesma forma que já vimos em outros filmes seus desde muito pequeno, ou seja, fez bem seu papel aqui, mas o filme não o ajudou muito em se destacar mais. Robert De Niro já estamos falando há algum tempo que tem caído demais seu estilo, fazendo filmes jogados e sem muita expressividade, e aqui seu Ed não vai muito longe, entrega os trejeitos mais tradicionais que já fez em toda carreira, e nem chama atenção, o que é muito ruim de ver, pois sabemos o quanto o ator tem de potencial, ou seja, é daqueles personagens dele que nem lembraremos dele ter feito, e isso é bom pra ele. Se os dois protagonistas foram ruins em cena, melhor nem falar dos demais, e olha que temos Uma Thurman como a mãe do garotinho, temos Christopher Walken como um grande amigo do protagonista, e vários outros bons garotinhos tentando aparecer, mas não tem como.
Visualmente o longa até tem bons momentos afinal vemos uma casa de vários andares, com um sótão tradicionalmente bagunçado que acaba virando o quarto do jovem, vemos várias traquinagens como colas na barba, pasta em biscoitos, pimentas em cafés, remoção de parafusos de móveis, colagem de vidros, cobras, ratos e tudo mais que possa se pensar fazendo os momentos na casa serem bem movimentados, até chegarmos numa disputa de bola queimada em um parque de pula-pulas, vemos também a escola do garoto com algumas cenas bem bobas de marmanjos praticando bullyings e trotes nos menores, além de um supermercado se modernizando e acabando com as facilidades dos idosos, ou seja, uma produção até que bem grande para algo que não foi muito além, tirando claro a grandiosa festa de aniversário da garotinha viciada em Natal, com todos os apetrechos possíveis em setembro.
Enfim, é um filme que já dava para imaginar ser bem bobinho pelo trailer, porém esperava um pouco mais de coisas do que o mostrado por lá, pois não acreditava que iriam colocar um ator de peso para meia dúzia de cenas apenas. Ou seja, até dá para um leve passatempo em casa, mas está bem longe de ser daqueles filmes que a família inteira curtiria numa boa sessão, e sendo assim não consigo recomendar ele não. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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