Diria que o diretor Daniel Prochaska foi coerente no que desejava passar para seu filme, pois não vemos nada que fosse grandiosamente surpreendente, nem cenas daquelas que as crianças que conferirem o longa não conseguirão dormir, pois é sim um filme de terror misterioso, porém feito para os mais jovens, sem violência abusiva, nem transes gigantescos, mas que tendo um conteúdo levemente tenso e de mistério acaba instigando os mais jovens ao meio espírita, à busca de respostas de casos assombrados, ao ponto que talvez até poderia ir mais além, mas que funciona dentro da proposta simples, e que sendo baseado em um livro certamente se encaixa nos tempos bem quadradinhos, e acaba agradando com o entusiasmo dos jovens em estarem conectados ao passado pelos espíritos, tentando descobrir o que realmente aconteceu ali, e assim vamos no clima da turminha que consegue divertir e funcionar bem.
Sobre as atuações, posso dizer que os jovens atores até se entregaram bem para os papeis, não fazendo nada surpreendente, mas foram engajados nos seus devidos momentos para chamarem atenção, e Leon Orlandianyi até trouxe uma certa maturidade para seu Hendrik, mostrando aquele ar de adolescente já revoltado com família, mas disposto a tudo para se envolver nas confusões, e que de certa forma consegue transparecer bem tanto o lado infantil quanto o adulto em todos os atos, agradando no que faz. Marii Weichsler trabalhou sua Ida com nuances boas, mostrando a paixonite num segundo plano, e fazendo as cenas como tradutora de esloveno de uma maneira bem coerente para conversar com os espíritos, agradando sem ir muito além. O jovem Lars Bitterlich foi levemente exagerado com seu Fritz, parecendo querer chamar atenção em tudo, mas acredito que tenha sido do personagem, e com isso o garoto fez o que lhe foi pedido, chamando atenção até demais. Quanto aos demais, só forçaram a barra para Michael Pink com seu Röckl, que soou bobo demais no começo para no final ser alguém com uma imponência até exagerada, de modo que poderiam ter encontrado um meio termo para ele no papel, mas sobressaiu ao menos.
Visualmente o longa foi bem moldado com uma casa praticamente em ruínas por fora, mas até que razoável por dentro, tirando claro tudo em madeira e papeis de parede de cores fortes, que deram um tom meio pesado para o ambiente, mas funcionando dentro do que o filme precisava, e a família usou muitos abajures vermelhos desses de lava no quarto do mais jovem, dando uma iluminação meio que estranha demais, mas são gostos de alguns diretores, além disso tivemos uma casa da vizinha meio que sombria também, um cemitério lateral abandonado esquisito, várias casas bem simples, uma caverna, uma festa estranha, ou seja, tudo bem bizarro no melhor estilo desses filmes, o que mostra que o diretor estudou bem como remeter, e conseguiu passar a mensagem funcional para a trama, só não foi muito bem explicado o exagero de lesmas no filme, mas nada que atrapalhasse toda a bizarrice escolhida.
Enfim, é um filme que não vai de encontro com muitas explicações coerentes, mas pela simplicidade e pelo tom infantil acaba funcionando dentro do que foi proposto, agradando de certa forma, e sendo um pouco mais do que mediano, dando como um bom passatempo para os pequeninos que gostam de uma aventura um pouco mais tensa, e sendo assim fica o estilo de recomendação, pois para os demais pode ser que soe bobo e não agrade tanto. Bem é isso pessoal, fico por aqui agora, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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