Amazon Prime Video - A Máscara de Ferro (Tayna Pechati Drakona) (Journey to China: The Mystery of Iron Mask)

6/06/2021 07:19:00 PM |

Lá em 2017 quando conferi "A Grande Muralha" cantei a bola para um amigo que veríamos ainda muitos filmes desse estilo explodindo pela China, pois eles são os que mais gostam de efeitos tridimensionais que sempre casam bem com grandiosas batalhas, e ainda mais se colocado toda uma personificação de época, ou seja, gastam horrores na produção do estilo, e recuperam ainda mais nada bilheterias, afinal o público vibra com o estilo até mais do que vibramos com os longas de super-heróis. E dito isso, hoje ao conferir na Amazon Prime Video o longa "A Máscara de Ferro", que aliás é uma péssima tradução para o nome original "O Mistério do Selo do Dragão", vi exatamente tudo o que havia falado lá, grandes batalhas, personagens icônicos, todo um misticismo lendário envolvente, brigas pelo poder, personagens presos em grandiosas prisões, e tudo mais que dá classe para esse gênero de aventuras épicas, ao ponto que certamente quando o público viu lá em 3D foi um deslumbre ainda maior, pois é notável todos os efeitos tridimensionais em diversos atos. Ou seja, é daqueles longas que ou você gosta e se diverte com personagens saltando, fazendo movimentos de mãos, tacando correntes, lutando contra monstros poderosos (que aqui ainda abrilhantaram mais ainda sendo movidos por ciência e não misticismo!!!), ou é melhor nem dar play para não se irritar, pois é paia em cima de paia, mas que agrada por toda a simbologia efetiva que conseguiram fazer.

A sinopse nos conta que o viajante inglês Jonathan Green recebe de Pedro, o Grande, uma ordem para mapear o Extremo Oriente russo. Mais uma vez, ele parte para uma longa jornada repleta de aventuras incríveis que o levarão à China. O cartógrafo irá inesperadamente enfrentar muitas descobertas de tirar o fôlego, encontrar criaturas bizarras, se encontrar com princesas chinesas e confrontar mestres de artes marciais mortais, e até mesmo o Rei de todos os dragões, o Rei Dragão. O que poderia ser mais perigoso do que ficar cara a cara com Viy, exceto fazer de novo? O que seria mais forte desta vez, um ceticismo ferrenho do cientista ou a velha magia negra que tomou o poder das terras orientais?

O mais engraçado é que o longa é a continuação de outro filme que não vi por aqui de 2014, "Império Proibido"(Viy), aonde o diretor Oleg Stepchenko introduz melhor quem foi Jonathan Green e suas desenvolturas na Rússia, mas que felizmente podemos conferir essa sua nova aventura sem precisar de grandes explicações, e o longa flui bem sozinho, aliás com uma rápida explicação no começo para nos situarmos bem de toda a situação e a partir dali se envolver com todas as batalhas, lutas e situações cheias de cores. Ou seja, o diretor mostra que gosta do estilo, e que mesmo demorando quase 5 anos para entregar algo novo, conseguiu explodir o ambiente por completo, trabalhou uma história até que crível, e principalmente fez fluir tudo com boas situações (embora bem exageradas), que conseguem fazer o público se envolver e torcer por alguns personagens. Claro que como tudo proveniente de longas orientais temos de entrar no clima e abstrair todas as loucuras criativas deles, mas vale como um passatempo bem feito, e maluco de certa forma, que mostra o potencial do diretor, e que com um orçamento digamos não tão gigantesco conseguiu criar muitas coisas na tela.

Sobre as atuações, tivemos bons momentos de Jason Flemyng com seu Jonathan durante a jornada, fazendo algumas piadas meio que jogadas, mas trabalhando sempre uma desenvoltura imponente conseguiu chamar a atenção, e mesmo que não pareça acaba se encaixando bem dentro de um certo protagonismo. Agora quem aparentemente não parecia ser tão protagonista, mas se entregou bem na segunda metade do filme foi Xingtong Yao com sua Cheng Lan, tendo muitas lutas bem feitas, trabalhando trejeitos fortes, e agradando bastante dentro do que o filme propôs, e a sacada de Li Ma com sua bruxa usar uma máscara transformando-se exatamente na personificação da outra fez com que a luta final fosse daquelas assustadoras com tantas mulheres iguais. Yuri Kolokolnikov e Anna Churina fizeram boas participações e tiveram até que grandes cenas com seus Pedro, O Grande e Miss Dudley, trabalhando certas personificações de época clássica, brincando com sacadas piratas, e agradando dentro de algo mais cômico para o filme, o que dá um bom valor. E claro temos de falar das duas grandes estrelas, que acabaram ficando meio que em segundo plano, mas que sempre entregam boas cenas que é Jackie Chan e Arnold Schwarzenegger com seus Mestre e James Hook, que ficaram mais tempo dentro de uma torre de segurança máxima e até lutaram bem entre si, mas praticamente sumiram na segunda metade do filme.

Visualmente o longa é um luxo só, claro que com as devidas proporções orçamentárias, tendo todo um reino bem imponente, toda a desenvoltura mística dos cílios do dragão florescendo o chá do reino, temos uma prisão bem cheia de detalhes, mais parecendo um grandioso poço aonde rolam brigas com muitos figurantes empoleirados, tivemos grandiosas lutas contra os mestres sombrios que ao final vamos saber que são apenas homens usando bem experimentos científicos, temos toda a jornada do viajante muito bem encaixada, e claro temos o dragão e todo o castelo cheio de fios estranhos azuis que poderiam ter sido melhorados, mas nada que atrapalhe a grandiosidade da trama, mostrando que a equipe de arte foi muito bem no que se propôs a fazer, e que junto de bons elementos cênicos ainda tiveram a sabedoria de usar a tridimensionalidade para dar nuances maiores, ou seja, vemos muitos elementos saindo em primeiro plano, o que acaba agradando bastante, e que quem talvez tiver TVs com a tecnologia vai poder brincar com tudo.

Enfim, está bem longe de ser um filme perfeito, pois tem muitas abstrações, muitos elementos que temos de aceitar para não reclamar, e que talvez alguns até se incomodem um pouco mais com tudo por ser uma continuação sem muitas apresentações, mas que volto a frisar que dá para conferir tranquilamente sem conhecer nada, pois aqui sendo um capítulo a parte, todos os elementos funcionam bem sozinhos, e o resultado acaba sendo até que grandioso. Ou seja, recomendo sim o filme para todos, e mesmo não sendo perfeito acaba sendo um bom passatempo de 2 horas. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.


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