O longa nos mostra que Liberty, uma garota de 16 anos socialmente desajeitada, retorna de dois meses no acampamento para ser pega de surpresa com a apresentação do noivo de sua mãe, John Smith, cujo charme, inteligência e beleza pintam o quadro de um homem perfeito demais para ser humano.
Sempre falamos que temos de dar uma chance para os novatos, mas chega a ser quase uma perseguição, basta clicar na filmografia de qualquer diretor que tenha feito algo errado em uma produção, e pronto, lá está que o filme é seu longa de estreia, e aqui o diretor e roteirista Braden R. Duemmler trabalhou até que bem todos os momentos de sua trama, criou todo um ambiente intenso para o público entrar no clima, e soube envolver bem os personagens na trama, ao ponto que vamos ficando curiosos com o desenrolar de tudo, começamos a tirar várias conclusões, e até aceitamos algumas falhas de continuidade, porém chegou no ponto principal de tudo e ele não soube como concluir de uma maneira criativa e realista, jogando algo abstrato que até dá para entender aonde queriam ir, mas sem explicar nada para o público, seja quem são os homens-peixes, quais suas ambições além da procriação e tudo mais que fosse necessário para um bom fechamento, pois mesmo que fosse simples, mas fechasse, o resultado seria outro muito melhor com toda certeza.
Sobre as atuações, é fácil saber como o filme vai pegar todas as mulheres pelo trailer e pelo pôster de abertura que está na Netflix, pois o ator Trey Tucker sem camisa saindo de um lago é isca fácil e o ator até faz bons momentos com seu John, sabendo segurar bem todos as dinâmicas e claro mantendo sempre o mistério ao redor de sua personalidade, ou seja, fluiu bem até mesmo nos atos mais estranhos que seu personagem faz e agrada bem. A jovem Ema Horvath tem um estilo bem pautado, mas entrega uma Liberty meio fechada demais, sem muita desenvoltura, ao ponto que num primeiro momento parece estar fazendo até pirraça demais em cima da mãe, e claro meio que atraída pelo namorado dela, mas poderia ter incorporado algo mais investigativo para cima da personagem que chamaria mais atenção realmente. Mena Suvari acabou fazendo uma mãe meio assanhada demais com sua Michelle, de forma que em alguns momentos exagerou em trejeitos e em outros conduziu seus momentos de uma forma boba demais, porém sem expressar criatividade acaba recaindo em clichês do gênero e fica demais em segundo plano na trama.
Visualmente a trama até tem uma boa essência de terror, afinal uma casa no lago no meio do nada, tudo de madeira, com um porão só com luzes vermelhas, vários aquários com alguns peixes, tudo muito minimalista e simples, porém efetivos no que desejavam passar, até chegar no exagero de uma luz laranja no meio do lago que em momento algum faz qualquer referência a nada, ou seja, acredito que até para a equipe de arte foi difícil entender o que o diretor desejava passar, e o resultado embora seja bem simbólico, não chamou tanta atenção.
Enfim, diria que se eu desse a nota até antes do filme acabar ficaria com um 7 por toda a tensão criada, pelos bons momentos de envolvimento e mistério, mas da forma jogada que acabaram fechando o resultado desabou e não posso dar mais do que 4, e claro não recomendar o filme para ninguém, pois até tem alguns vídeos explicativos de alguns youtubers na internet, mas fazer um filme que outra pessoa precise explicar para você é desapontador, é o mesmo que explicar a piada para alguém rir, e sendo assim melhor dar play em outro filme. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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