Netflix - Selva Trágica (Tragic Jungle)

6/16/2021 01:14:00 AM |

Confesso que já conferi muitos longas ruins desde que comecei a escrever aqui no site, que é a época pelo menos que lembro da maioria, pois antes apenas conferia os filmes sem analisar nada, mas o que vi hoje não sei nem se posso classificar como um filme ou um amarrado de poemas abstratos com algumas cenas de seringueiros tirando a seiva das árvores e se atirando entre grupos rivais, com uma moça fugitiva de um casório no meio do rolo, porém sem falar a língua nativa está ali presa apenas servindo para escape de alguns e nada mais. Ou seja, sem ter um tema bem próprio, sem ter atuações realmente, sem ter alguma expressividade, e ainda contando com um ritmo extremamente lento, o resultado chega a dar muito sono, e não tem nem como defender, pois costumo falar que sempre dá para tirar algum proveito de um filme, mas aqui não consigo enxergar nada de útil realmente para apontar alguma nota razoável pelo menos.

A sinopse nos conta que a jovem Agnes foge para as profundezas da floresta maia para escapar de um casamento arranjado. Na fronteira entre México e Belize, ela encontra um grupo de trabalhadores mexicanos, e eles percebem que não são as únicas criaturas no local. No meio da mata fechada, descobrem um lugar onde o mundo humano e sobrenatural se unem. E um mito lendário toma vida bem no coração da floresta.

O pior de tudo é que o longa foi muito premiado mundo afora, com a diretora Yulene Olaizola sendo extremamente elogiada, ou seja, é daqueles filmes que os festivais amam e o público em geral odeia, principalmente pelo ritmo exageradamente lento e contando uma história que acaba não sendo desenvolvida de uma maneira coerente. E sendo assim vemos um filme que tenta passar ao mesmo tempo uma experiência na selva para a garota, ou até mesmo algo fantasioso de se a jovem é real ali, pois aparentemente nas primeiras cenas pode parecer que ela morreu, mas com toda a fábula do mito que os seringueiros tanto falam podemos focar mais nesse segundo estilo, embora tenhamos alguns homens fazendo sexo com ela, ou seja, é algo tão abstrato que não dá para entender é nada do filme, e assim não tenho como defender nada dele.

Quanto das atuações, é melhor eu nem falar nada, pois aparentemente pegaram seringueiros reais e colocaram no filme, daqueles que eles até tentam fazer algumas caras e bocas, mas não vão além para conseguir dar sequer destaque para ninguém, e quanto da jovem Indira Andrewin ainda estou tentando entender sua Agnes, pois é tão misteriosa no filme que acabamos a trama sem entender seu mistério até de atuação.

Visualmente o longa até tem alguns momentos interessantes ao passar toda a essência da selva, a forma de extração maluca da seiva das árvores com os seringueiros pendurados apenas por cordas e algumas lâminas para escalada, e claro todo o ambiente tenso entre eles e a garota em redes no meio do mato, com algumas armas e alguns elementos alegóricos bem simples, mas nada que vá surpreender muito, mas ao menos servirá de motivo para uma referência ao menos.

Enfim, é daqueles filmes que não consigo nem expressar muitas palavras para tentar achar algo que se aproveite, mas que até disse ter um visual interessante no meio do matagal, mas de resto a história é ruim, o ritmo é péssimo e raspou a trave de dormir durante o longa, inclusive sendo um dos poucos filmes que fiquei com muita vontade de parar na metade, e sendo assim não recomendo ele para ninguém de forma alguma. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.


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