No longa acompanhamos a vida da pequena Lucky Prescott. Quando ela se muda para uma pequena cidade fronteiriça, junto com o seu pai, Lucky acaba fazendo amizade com um cavalo selvagem chamado Spirit. Com o objetivo de levá-lo até a sua família, ela embarca em altas aventuras.
Alguns materiais estão colocando esse longa como uma continuação do filme de 2002 e sendo baseado na série da Dreamworks, o que faz um pouco de sentido no que falei de ser parte de algo maior, mas posso dizer que ele funciona bem sozinho, afinal algo de 19 anos atrás muitos nem lembram nada, e quanto da série não posso opinar já que não sabia nem da existência dela. Mas sendo algo simples e funcional dá para acompanhar tranquilamente, dá para se envolver com a personagem, se emocionar com alguns atos, ou seja, o trabalho dos diretores Elaine Bogan e Enio Torresan foi bem feito, tem uma boa técnica, e principalmente passa a mensagem de confiança que é o que muitos dizem ser necessário para domar um cavalo e não força, e assim sendo o filme entrega algo bonitinho que tem um certo carisma, mas que facilmente poderia ter ido mais além como um filme só.
Sobre os personagens, a jovem Lucky é bem graciosa e imponente, cheia de atitudes e desenvolturas, e que deram uma voz bacana para ela, o que é raro em animações com crianças sendo interpretadas, e o estilo de seus momentos funcionam bem e agradam bastante, mesmo sendo tudo bem rápido de ver. O cavalo Spirit é bem arisco, selvagem e ao mesmo tempo inteligente, mostrando momentos fortes e bem colocados, que junto com os demais animais parece até se sobressair bastante. As demais garotinhas foram bem colocadas na trama, e embora surjam meio que jogadas, Abigail e Pru conseguem formar com a protagonista um trio bem legal de curtir. Agora o pai da garota ficou exageradamente deslocado, parecendo que não desejavam desenvolver ele, o que é algo meio estranho de observar, sendo que até a tia Cora dela é bem mais usada. Os vilões entregaram atos de maldades bem imponentes, mas soaram bobos demais, o que acaba sempre ocorrendo em filmes mais infantis, e talvez um pouco mais de força causasse um temor maior nos atos, e chamaria mais atenção. Ou seja, é uma animação de bastante personalidade por parte dos personagens, e que com certeza na série foram mais desenvolvidos, mas não desapontam no longa, e a graciosidade chama atenção.
O visual da trama também é bem bonito, com uma textura tridimensional bem encorpada aonde vemos bem os detalhes da cidadezinha, sua cultura de rodeios (mas com uma modelagem de carinho e dança nos cavalos, sendo contra os maus tratos, ao menos tentam mostrar isso!), e trabalhando bem detalhes na descida da montanha (um pouco exagerada, já que não dá para crer que um cavalo enfrentasse situações tão íngremes), e que teve uma boa nuance de cores para criar carisma e que junto de bons elementos cênicos fazem cada ato ser bem marcado.
O filme traz boas canções, que não temos a versão nacional para compartilhar, mas que envolveram bem durante todo o filme, e que ao ouvir as canções originais cantadas durante os créditos mostraram o mesmo envolvimento passado por Isabela Mercedez (Fearless) e Becky G (You Belong), e se alguém encontrar as versões nacionais, pode mandar que atualizo o texto. Aqui está o link da versão americana.
Enfim, é uma animação bacana e gostosa de conferir, que passa bem longe de ser perfeita, mas que tem estilo, e que certamente a criançada mais nova irá curtir, então recomendo talvez passar os dois filmes juntos, colocar a série e juntar tudo que aí o clima ficará completo, mas quem curtir algo calminho com boas canções pode conferir sozinho que vai ser agradável pelo menos. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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