O longa nos mostra que Dom Toretto, está levando uma vida tranquila fora das pistas com Letty e seu filho, o pequeno Brian, mas sabem que a qualquer momento, isso pode mudar. Desta vez, uma ameaça forçará Dom a confrontar os pecados de seu passado e salvar aqueles que ele mais ama. Sua equipe se une contra uma trama mundial liderada por um assassino e motorista de alto desempenho: um homem que também é o irmão abandonado de Dom, Jakob.
Como bem sabemos também o elo dos longas da saga é a família, e claro que com isso vemos aqueles parentes que somem um tempo e depois voltam, incluindo no caso aqui o diretor Justin Lin, que após fazer "Desafio em Tóquio" em 2006, "Velozes e Furiosos 4" em 2009 e "Velozes e Furiosos 6" em 2013, regressa para a família Toretto para algo bem criativo de passado e presente, e já deixou nuances que deve dirigir também o 10, então aqui ele se deu o direito de brincar com uma trama grandiosa e volumosa, pois se tem algo que a saga não economiza de forma alguma é a destruição de tudo o que possa aparecer na sua frente, e claro chamar todos para um grande churrascão de encerramento, então quem estiver de bobeira acaba entrando na trama, ou voltando para a trama depois de um certo tempo. E como conhecemos bem o estilo do diretor na franquia, o resultado aqui não foi nenhuma grandiosa novidade, pois tem técnica, tem estilo e principalmente tem a fórmula do sucesso, que é não sair da base que tanto gostamos de ver no longa, que são corridas de carros, explosões, piadas bobas e claro boas brigas, mesmo que para tudo isso seja necessário apelar ao máximo, e Lin não desapontou por brincar exatamente com tudo isso e ainda abusar de tudo o mais irreal que possa acontecer. Ou seja, é um filme longo, aliás o mais longo da franquia com 145 minutos (inclusive com uma cena no meio dos créditos), mas que não cansa como ocorreu em outros filmes da série, e assim sendo posso dizer que a ação fluiu bem e agradou bastante da forma entregue.
Agora se eu for falar de todas as atuações do filme vou ter um texto de dez páginas pelo menos, pois são tantos atores que em alguns momentos chegamos até a nos perder pensando quem é esse mesmo? Em que filme ele apareceu? Mas isso não vem ao caso, e vamos nos concentrar nos principais, e Vin Diesel praticamente já se firmou tanto com seu Dom que em outros filmes praticamente vemos ele fazendo o mesmo papel com outras funções, ou seja, vai ser difícil desassociar sua imagem de um Toretto, e aqui ele mantém a mesma essência, se joga nas maiores loucuras possíveis, faz expressões intensas, pula e cai das maiores alturas possíveis, mas sai apenas com alguns arranhados, ou seja, fantasia em nível máximo, ou seria como diz o personagem engraçado de Tyrese Gibson, Roman, que eles são invencíveis e não sofrem nenhum arranhão por serem especiais (risos), e já falando dele, novamente o ator é encaixado com muitos momentos cômicos, e nos diverte demais com tudo o que faz, sendo perfeito para o papel do começo ao fim. Agora o acréscimo de John Cena na trama foi algo interessante pela personalidade do ator, dando boas nuances para seu Jakob, porém é até hilário como a personagem de Charlize Theron ironiza a total falta de semelhança dos irmãos, pois aqui temos mais um brucutu imponente que já imaginávamos o final, e o ator até cai bem no que o longa precisava, mas com isso tiraram The Rock de cena falando ser por briga com Diesel, mas não caberia dois monstrões em cena. E já que citei a personagem Cipher de Charlize Theron, aqui a atriz ficou bem secundária na trama, presa em uma caixa de vidro quase que o longa todo, aparecendo pouco em raros momentos, ao ponto que seu ar de vilania acaba sendo quase nem usado, o que é uma pena, e outra que usaram muito pouco foi Helen Mirren, pois sua personagem é quase mero enfeite cênico com sua Queenie. Quanto aos demais tivemos a volta de Jordana Brewster com sua Mia após ficar sem aparecer no oitavo filme, e fez bem seu papel com boas lutas, Michelle Rodriguez continuou entregando uma personalidade estranha para sua Letty, Ludacris trabalhou seu Tej com todas as projeções matemáticas e físicas em atos que quebram todas as ideias da Física, e da mesma forma tivemos a inteligência de Ramsey bem interpretada por Nathalie Emmanuel que agora ainda aprendeu a dirigir um caminhão sem nunca ter dirigido, e claro temos a volta de Sung Kang com seu Han após "morrer" no sexto capítulo da franquia, e veio bem mais velho do que o normal.
Visualmente o longa é extremamente imponente com jatos, carros de todos os tipos possíveis, caminhões imensos tombando de formas incríveis, tanques, vários foguetes (inclusive com um propulsor monstruoso que joga os personagens de uma maneira absurda para o espaço sideral!), e claro todo o ambiente familiar nas casas dos personagens, temos um esconderijo bizarro só com itens antigos, e imãs ultrapotentes, uma festança lotada de mulheres numa mansão dançando a canção da Anitta, e claro um hangar repleto de tecnologia para os vilões, contando inclusive com um controlador de drone incrível que vai surpreender muitos na cena final, ou seja, a equipe de arte é insana e tem um orçamento tão rico que eles nem sabem mais com o que gastar, então saem destruindo sem dó, inclusive no meio de uma floresta repleta de minas explosivas (com a cena de fuga mais bizarra impossível de acontecer).
Uma das marcas registradas da franquia é contar sempre com boas canções para dar o ritmo intenso que os filmes pedem, e o melhor é que sempre cobram e lançam músicas novas de diversos cantores que acabam estourando nas paradas, e aqui não foi diferente tendo artistas do mundo inteiro, inclusive com a Brasil com Anitta, que até achei que nem iriam usar a música e seria apenas algo para tocar nos créditos, mas que toca numa festa com várias mulheres dançando, aliás todas as canções foram usadas em algum momento do filme, o que é muito bacana, pois diversas vezes os longas compram canções temas e só usam nos créditos, então fica a dica da playlist para ouvir antes ou depois do filme no link que deixo aqui.
Enfim, é um filme que muitos podem até reclamar de ser mais do mesmo da franquia, mas era isso que queríamos ver na telona, não algo que surgisse do nada, mas a base da família é mantida, os personagens estão como sempre defendendo alguém ou a destruição do planeta por algum maluco como sempre, temos as diversas corridas de carro como sempre, muitas explosões, e assim funciona como desejávamos, e claro com tudo completamente absurdo de ver na telona, e tendo ainda uma história razoável de fundo para conhecermos um pouco mais da família Toretto original, o resultado ficou ainda melhor. Ou seja, a nota que estou dando é para o que queria ver na tela em um filme da franquia sendo um dos melhores da saga, e não que seja um longa impressionante cheio de qualidades técnicas, com um roteiro impressionante e tudo mais, nada disso, é apenas uma tremenda diversão na telona que como sempre digo vale ver na maior tela possível dos cinemas, pois ver isso em casa é decepcionante com toda certeza, e sendo assim, fica a recomendação. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.
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