É interessante ver que após ter estreado muito bem com "Lego Batman: O Filme", o diretor Chris McKay assumiu sua primeira obra grandiosa e não decepcionou com o que entregou, pois temos de tudo um pouco em um único filme, e toda a interação é tão forte que vemos as nuances de seu trabalho surgindo em cada momento, mostrando que tanto ele, quanto o roteirista Zach Dean serão daqueles que vamos ter de ficar bem de olho nos próximos anos, pois conseguiram trabalhar com tanta intensidade marcante que devem explodir ainda mais num futuro. E o mais bacana é entender que aqui temos um filme com muitos atores, muitos personagens secundários, muita computação gráfica, e principalmente muita história e envolvimento para ser desenhado em cena, e o diretor não titubeou um segundo que fosse no estilo, mostrando que tem precisão cênica e sabia exatamente aonde desejava chegar com cada momento do filme, passando uma sinceridade bem ambientada que agrada demais, e que mesmo tendo erros clássicos dos filmes de ação, o resultado funciona e agrada sem parecer um longa apelativo do gênero, ou seja, é um grandioso acerto do diretor e que certamente vamos lembrar desse filme outras vezes, e fico mais feliz ainda que não deixou nenhuma ponta aberta para termos qualquer continuação, e assim o que vimos na tela é o que vai ficar marcado.
Sobre as atuações, antes de falar de cada um especificamente, tenho de pontuar que praticamente todos se doaram ao máximo, e certamente cada dublê sofreu demais com as várias quedas de lugares bem altos para os famosos saltos no tempo, e claro nas brigas corpo a corpo com os bichões, afinal pra que arma né, em filme de ação o que vale é sair na mão com os vilões. E dito isso, já estamos bem acostumados com o estilo que Chris Pratt entrega para seus personagens, sempre com um ar carismático e com muita disposição para seus objetivos, fazendo caras fortes e bem marcadas, de forma que toda a sintonia de seu Dan Forester é viva e imponente, fazendo com que torçamos para ele conseguir sobreviver, e mais do que isso, que ele salve o mundo, ou seja, o personagem chama a responsabilidade para si, e acaba agradando bem mesmo nas cenas mais falsas possíveis, passando pelos momentos dramáticos e finalizando bem com as emoções fortes que vive na tela, agradando demais com tudo. Yvonne Strahovski que já fugiu de um grande Predador em 2018, mas ficou bem mais conhecida pela série "O Conto da Aia", entra aqui fazendo a Comandante Romeo (que iremos descobrir ser alguém ainda mais especial para o protagonista nas cenas seguintes do longa) e consegue mostrar uma desenvoltura cênica tão boa que seu resultado acaba impressionando bem, mostrando que a jovem tem atitude e personalidade, o que exatamente o papel pedia, e assim seu resultado acaba funcionando demais. Outra que chama a atenção na trama é Sam Richardson com seu Charlie que puxa os ares mais cômicos do filme, conseguindo segurar as nuances sem soar apelativo, mas principalmente sendo usado para dar algumas cenas mais técnicas, e claro que no misto completo seu resultado oscila bastante, mas não desaponta ao menos. Edwin Hodge trabalhou seu Dorian como um guerreiro nato, daqueles que vemos formas e envolvimentos bem marcados em suas cenas, e olhamos o motivo que alguns vão pras guerras, e o ator soube segurar olhares e se entregar bem para tudo o que era necessário, chamando bastante intensidade do começo ao fim. Da mesma forma, Keith Powers trabalhou seu Greenwood lutando muito e sendo importante em alguns atos com os protagonistas, de forma que mesmo sendo bem secundário entrega boas nuances e acertos. J.K. Simmons sempre faz bons papéis e aqui foi muito bem usado nos atos finais com seu James Forester, marcando cenas de muita luta, e claro entregando reflexos de homens que voltam de guerras e acabam se separando da família. Betty Gilpin acabou aparecendo pouco como a esposa do protagonista Emmy, mas serviu para a ideia final de como caçar os aliens pelo menos, e assim já faz valer a inteligência da personagem. E ainda tenho de citar os bons momentos da garotinha Ryan Kiera Armstrong como a jovem Muri Forester e Seth Schenall que acabou sendo incrivelmente usado com algo bizarro que ninguém esperava com seu Martin.
Agora algo que tem um grandioso impacto na trama são os efeitos visuais colocados tanto no presente quanto no futuro em que a trama se passa, mostrando cidades destruídas, ambientes devastados, gigantescas plataformas de guerra, e muita ambientação cênica com armas, civis indo para a batalha completamente sem estruturas, e claro uns aliens brancos gigantescos e estranhos, mas que causam muita tensão e possuem formas interessantes de funcionar na tela. Ou seja, a equipe de arte conseguiu ser bem criativa para representar todas as loucuras do roteiro, e junto da equipe de fotografia carimbar nuances tensas e bem envolventes para que os efeitos especiais e toda a computação gráfica funcionasse bem, mesmo que não parecendo muito realista.
Enfim, é um tremendo filmaço que impacta bastante do começo ao fim, que funciona bem, e que mesmo tendo alguns erros relevantes conseguimos vibrar com tudo e sair bem satisfeito com o resultado completo entregue, ou seja, é daqueles que temos de recomendar com toda certeza, pois quem gosta vai se apaixonar por tudo, e mesmo quem não for muito fã do estilo acabará curtindo tudo. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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