O filme nos conta que os super-heróis são perfeitamente assimilados pela sociedade e querem ser famosos a todo custo - Uma droga que dá superpoderes a meros mortais está se espalhando por toda a cidade. Os tenentes Moreau e Schaltzmann investigam o caso com o apoio de dois ex-super-heróis, Monte Carlo e Callista. Eles farão o que for preciso para desmantelar o tráfico. Mas o passado de Moreau ressurge e a investigação se torna mais complicada.
Diria que a falta de uma atitude mais precisa seja o fato de ser o primeiro filme do diretor Douglas Attal, pois certamente aqui a trama necessitava de alguém com uma segurança maior para representar toda a ideologia e ainda explodir na investigação completa, afinal somos apresentados logo de cara para o mundo moderno aonde os super-heróis já convivem com os humanos, e sem muitas explicações de quem é quem vamos já na empolgação do policial e sua nova parceira em busca de descobrir o que está acontecendo de fato na cidade, com as pessoas usando drogas que lhe dão poderes. Ou seja, tudo ocorre muito superficialmente ao ponto de não criarmos vínculo com ninguém, não conhecermos a fundo nenhum personagem, só indo acompanhando tudo o que já vai explodindo, e o resultado acaba sendo aberto demais. Ou seja, talvez um filme mais coeso mostrando o mundo com os heróis, depois um pouco mais de desenvoltura em cima do policial e seus problemas, para aí sim ir atrás de traficantes e tudo acontecer de uma maneira empolgante, mas como não rolou assim, ao menos vemos uma ideia boa dos roteiristas, que quem sabe daqui a algum tempo alguém pegue o filme e faça um remake melhorado.
Sobre as atuações, Pio Marmaï é daqueles que vemos em quase todos os filmes franceses da atualidade por ser bom em trejeitos e dominar bem suas cenas, porém aqui seu Moreau parece faltar algo a mais, ao ponto que talvez se entregasse mais rapidamente seus poderes convenceria mais, e o filme teria uma fluidez mais imponente, pois aí a briga seria mais intensa, mas como é bom de trejeitos, seu resultado chama atenção e agrada no que faz. Vimala Pons trabalhou a tenente Schaltzmann com um certo gracejo que já até sabíamos como iria terminar, e seus atos são de muita precisão e inteligência, demonstrando atitude cênica e fazendo bons atos pelo menos. Benoït Poelvoorde foi bem incorporado com seu Monte Carlo, mostrando que super-heróis também tem doenças, e aqui com Parkinson já não pisca bem seus flashes de sumiço e volta, mas foi bem divertido seus momentos junto do protagonista e claro de Leïla Bekhti com sua Callista, ao ponto que certamente um filme do trio de heróis chamaria bem a atenção. Quanto do vilão Naja vivido por Swann Arlaud só podemos dizer que ele mostrou um ar intenso bem colocado, mas que não foi muito desenvolvido, ficando apenas no ar com seus atos.
Visualmente a trama até tem uma certa intensidade pelas cenas mais escuras, mostrando o esconderijo do grupo em um lugar meio que abandonado, com tudo servindo como armas, tivemos ainda o apartamento de Monte Carlo cheio de tecnologia de acompanhamento de heróis, e muitos momentos na delegacia aonde tudo se desenvolve dentro da investigação, ao ponto que faltou mais ação com os poderes, mais lutas e tudo que apenas acabou ocorrendo em alguns minutos no final, e que ainda com efeitos digamos não muito imponentes resultaram em algo estranho, mas que funcionam pelo menos. Ou seja, a equipe de arte não gastou muito, e o resultado soou fraco demais para um filme de heróis.
E é isso pessoal, o resultado final até poderia ter funcionado melhor se escolhessem uma outra forma de desenvolvimento da trama, mas como não podemos mudar isso, o que nos foi entregue acabou sendo apenas mediano, não sendo de todo ruim, apenas não tendo uma grande explosão que chamasse realmente atenção para a trama toda, quem sabe se houver uma continuação, mas acho difícil isso. Sendo assim fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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