O longa nos conta que Ali Davis é uma agente esportiva bem-sucedida que é constantemente excluída por seus colegas homens. Depois de uma noite louca com suas amigas, ela misteriosamente ganha a habilidade de ler os pensamentos dos homens. Com seu poder recém-descoberto, Ali passa na frente de seus colegas para assinar um contrato com o próximo astro do basquete, mas o esforço para conseguir o que quer vai pôr à prova o relacionamento com seus melhores amigos e com um novo interesse amoroso.
Diria que o diretor Adam Shankman tem um estilo com boa pegada, pois a história facilmente poderia ser bem mais complexa e não envolver tanto, mas optou por trabalhar a simplicidade de uma agência esportiva com jogadores e atletas de vários esportes e brincar com as mentalidades masculina em cima de todo um machismo que existe nessa carreira, ousando jogar com família, com homossexualismo, com cunhos sexuais e tudo mais, mas sem apelar para forçar a barra, apenas jogando como se realmente cada elo acontecesse como bem sabemos que rola, e abrindo seu leque usou as famosas jogadas de uso de uma pessoa e quebra de confiança, usou de argumentação de sonhos, e até jogou para o lado de videntes com tóxicos. Ou seja, o diretor quis usar de algumas situações clássicas e foi bem, mas certamente não usou realmente a ideia do que os homens gostam, pois certamente poderia ter ido mais além em todo o cunho que realmente faz parte dessa ideologia, só que ficaria um pouco mais pesado. Sendo assim, a ideia foi usada, e o acerto bem colocado, mas certamente ficou quase um filme feminino em cima de um tema que tenta não ir para um caminho machista, o que de certa forma tromba no conceito completo.
Sobre as atuações, temos de falar claro da protagonista Taraji P. Henson que soube dominar o estilo de sua Ali, criar boas perspectivas para cada momento, e não se limitar a ficar travada, pois certamente os ares que lhe foram entregues não foram simples, mas ela segurou as pontas e se jogou completamente de cabeça no papel agradando bastante mesmo que para isso ficasse estranha em alguns atos, ou seja, acertou no que precisava fazer. O par romântico vivido por Aldis Hodge foi bem colocado, e o ator soube dosar seus momentos para não soar como o homem perfeito apaixonado e tudo mais, pois sairia falso demais para a ideia do filme, e seu Will não era esse personagem todo, mas acabou fazendo bons atos e o resultado agrada pelo menos. Josh Brener acabou forçando um pouco os trejeitos gays de seu Brandon, não sendo algo que incomodasse, mas o estilo de assistente exagerado cheio de tiques acabou ficando um pouco estranho de ver na tela, mas o jovem ao menos criou um carisma de amizade interessante com a protagonista, e foi bem no que fez. Erykah Badu foi mais engraçada nas cenas dos créditos com sua Sister do que nos momentos encaixados do filme no qual sua vidente pareceu mais exagerada do que tudo, pois não era necessário forçar tanto a barra, mas como acabou sendo colocado assim para ela, foi feito, e o resultado soa estranho. Quanto aos demais, cada um forçou o máximo que pode, sendo tudo encaixado dentro da proposta, pois é um filme exagerado, não tendo grandes destaques para mais nenhum da agência, mesmo que cada um ali tivesse uma participação maior do que Tracy Morgan, mas ao menos ele fazendo o pai da estrela mostrou o que acaba acontecendo com muitos pais agenciadores dos filhos nos esportes que acabam passando por cima das vontades dos atletas para ir com seus próprios interesses.
Visualmente o longa é meio que amontoado de ideias, pois temos uma agência com tanta gente em uma reunião que praticamente chamaram todos os figurantes e atores secundários e mandaram ficar ali aplaudindo e batendo nas mesas, depois temos algumas cenas interessantes em bares, aonde a protagonista encontra o seu amor, temos algumas cenas nos apartamentos dos protagonistas, uma academia de boxe, alguns jogos em um grandioso estádio, e claro alguns carrões, afinal agentes esbanjam luxo, mas basicamente o filme fica nas salas da agência e o resultado ali chama bem atenção, e claro ainda temos os momentos do casamento que vira uma tremenda confusão, e antes disso a despedida de solteira junto dos atos com a vidente exótica de nível máximo de caracterização, que também pegaram tudo que dava para pendurar nela e colocaram. Ou seja, a equipe de arte foi bem bizarra em tudo, mas era a proposta da trama.
Enfim, é um bom filme que acaba sendo divertido e bem trabalhado, mas que passa bem longe de ser algo genial dentro da comédia, e até mesmo do nome do filme, ao ponto que poderiam ter usado mais essa esquete realmente do que os homens gostam, e aí recair para algo mais próximo do original dos anos 2000. Ou seja, até recomendo ele para um passatempo, mas que não vai ser algo memorável como poderia. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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