O longa é um suspense violento sobre um grupo de pessoas viajando em um trailer pelo sul da Itália. Durante o caminho, eles acabam sofrendo um acidente quando um animal aparece, de repente, no meio da estrada. Tentando continuar sua viagem, o grupo percebe que o caminho por onde vieram desapareceu misteriosamente e resta apenas uma densa floresta em sua volta. Sem saber que um grande perigo os espera no meio da mata fechada, eles caminham pelo lugar desconhecido procurando ajuda. Dentro desse lugar sombrio, a noite será longa.
Digo que a ideia era boa, pois os diretores Roberto de Feo e Paolo Srippoli usam de clichês tradicionais de filmes de terror, e brincam com essa ideia usando um pouco de tudo de uma forma bem violenta que os amantes do gênero costumam gostar, porém ao revelar a sacada do filme nos atos finais poderiam ter ido além, ter criado algo a mais e ter algum caos mais contundente, pois ficaria realmente um filme de terror mesmo, porém resolveram escrachar com a ideia toda jogando algo quase cômico, puxando tudo para algo sem noção. Ou seja, o filme em si tem uma trama intensa, mas não vai além, não brinca com a ideologia, e praticamente perde o senso logo na cena seguinte da mãe na mesa, não criando nem empolgando como casualmente funcionaria, e assim o resultado mais decepciona do que agrada.
Sobre as atuações, diria que a jovem Matilda Anna Ingrid Lutz foi quem mais se entregou para seu papel no filme, pois sua Elisa é bem convincente das cenas de tensão fazendo boas caras e bocas, e ainda se joga completamente nos momentos mais intensos, não soando falsa nem se abstraindo das cenas comuns, e isso é muito bom de ver nesse estilo, e mostra que é uma boa atriz de terror. Já Francesco Russo desde a primeira cena acaba sendo forçado com seu Fabrizio, ao ponto que parece faltar algo em seus trejeitos, faltar dinâmicas, mas seu ponto de virada acaba sendo interessante, só não foi exatamente bem desenvolvido. Peppino Mazzotta trabalhou seu Riccardo com uma desenvoltura expressiva bacana, mas não se desenvolveu em nada no filme, fazendo alguns trejeitos fortes, porém parando com eles rápido demais, e isso é algo que não é bom de ver. Ainda tivemos alguns momentos interessantes com Will Merrick e Yuliia Sobol como o casal Mark e Sofia, mas seus atos também não foram tão desenvolvidos, e o resultado ficou parecendo que foram jogados dentro da produção, o que não é algo satisfatório de ver em alguns atores.
Visualmente a trama também não tem grandes feitios, mas trabalhou bem a essência de filmes de terror, com uma casa sinistra, personagens estranhos com máscaras mais estranhas ainda, cultos satânicos, muito sangue, alguns fenos em formatos aleatórios, e claro personagens bêbados, trailers no meio do nada, luzes intensas, sons intensos, floresta, e tudo mais que um clássico do gênero necessita ter, mostrando que a equipe de arte pelo menos trabalhou, além claro de pedaços de animas e de corpos bem colocados, ou seja, funciona e choca em alguns momentos, mas nada que surpreenda positivamente e faço o filme ter alguma atenção além do que foi mostrado.
Enfim, é um filme bem mediano, que conseguiu ficar pior com a finalização escolhida, pois até estava causando certa tensão, parecia ter uma proposta mais ousada, e até poderia ser um bom filme dentro do filme, mas ao sacanear a ideia, e mostrar toda aquela loucura da praia, o resultado desabou e estragou demais. Sendo assim não recomendo ele de forma alguma para ninguém, mas se ainda tiver algum maluco, boa sorte. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado por comentar em meu site... desde já agradeço por ler minhas críticas...