A sinopse nos conta que ainda em busca de um lugar para se estabelecer após os eventos cataclísmicos do primeiro filme, o patriarca pré-histórico superprotetor, Grug, conduz sua família ao grande desconhecido. Esperando pelo melhor em um mundo cada vez mais perigoso, e enquanto tenta chegar a um acordo com o romance de Eep e Guy, Grug se depara com um Éden isolado da abundância, contendo tudo o que eles estavam procurando. No entanto, há um porém. Este verdejante paraíso na Terra já está ocupado pelos BeMelhores significativamente mais evoluídos: Ben, Esperança e sua filha, Aurora. Agora, enquanto as tensões aumentam entre os clãs antagônicos, um novo inimigo ameaça o futuro de ambas as famílias. Será que os Croods e os BeMelhores podem deixar de lado suas diferenças para lutar contra o inimigo comum e viver para contar a história?
O diretor Joel Crawford faz sua estreia na cadeira de direção, mas já passou pelo departamento de arte de diversos outros longas da Dreamworks, e aqui ele fez o que todo artista gosta de ver em seu primeiro filme: muito visual, e brincadeiras com tudo o que se possa fazer, ousando em colocar textos coloridos na tela, legendas simbólicas, personagens com estilos completamente diferentes, e claro toda uma boa história girando, pois hoje cada vez mais as animações andam esquecendo de trabalhar histórias, e aqui acabamos conhecendo um pouco do passado de Guy que surgiu já sem muitas explicações no primeiro filme, vemos um pouco mais como os BeMelhores construíram seu oásis, e claro nos divertimos muito com toda a pancadaria dos macacos. Ou seja, talvez o diretor quis muita coisa para um único filme em sua estreia, mas ao seguir bem a cartilha dos longas da DreamWorks, e claro o estilo mais clássico de uma boa animação, o resultado funcionou bem, e nos divertimos a beça com tudo.
Sobre os personagens e dublagens, diria que foi algo bem bacana de ver o trabalho de concepção de cada um, desde o pai superprotetor novamente atacando enciumado com a possibilidade da filha sair do bando, o jovem que reencontra alguém muito conhecido da infância, a família de arquitetos que criaram engenhocas para tudo para ter uma vida melhor, a garotinha que não viveu por também ter uma proteção exagerada, e claro algo que anda muito em pauta, o famoso girl power que aqui cai para a vovozinha e toda sua loucura puxando todas as mulheres para a guerra, entre muitos outros, ao ponto que acabamos gostando demais de tudo, vemos a conexão familiar sempre em pauta e nos divertimos com cada um. Os BeMelhores soaram ao mesmo tempo que altamente criativos, também tiveram um certo ar de vilania ao desejarem tudo para si, desde os alimentos, mudar o curso do rio, querer o namorado para a filha, e por aí vai, mas tudo acaba se encaixando bem e agradando de certa forma. Um ponto engraçado foi que deram uma mudada nas vozes de Rodrigo Lombardi e Juliana Paes nos personagens Ben e Esperança, pois chega a ser até difícil reconhecer eles se não tivessem feito tanta propaganda antes, mas deram boas personalidades para eles, e o resultado funciona com um bom encaixe. As piadas dubladas funcionaram bem e deram bom tom tanto para a garra de Eep, quanto para os momentos mais intensos de Grug e claro com os BeMelhores, então foi certamente um trabalho árduo, mas muito bem feito de ver na tela.
Visualmente o longa é muito bonito, com toda a fazenda cheia de detalhes nos alimentos, nos animais diferentes e interessantes, lembrando até um pouco o longa "Tá Chovendo Hamburger", e que foi trabalhado uma gama tão intensa de cores que o filme até parece brilhante demais, e se contrapondo bastante com os momentos mais tensos no território dos macacos, aonde tudo é escuro, com cores mais impactantes, mas ainda assim com um desenvolvimento bem cadenciado, ou seja, a equipe de arte procurou colocar tantos elementos bem encontrados, tantas texturas nos objetos e nos personagens, vemos tudo fazendo sentido desde cabelos que voam ou se armam demais, toda a ambientação da casa com sauna, quartos, camas, redes, detalhes em madeiras e tudo mais que se possa pensar, ao ponto que certamente a equipe passou muito tempo desenhando cada detalhe para funcionar do começo ao fim. Agora um detalhe que certamente verei alguns amigos falando aqui nos comentários é o quanto o filme estará lindo nas TVs 3D, pois é notável que muitas cenas foram feitas pensando nisso, e o resultado deve funcionar muito bem, mas como ainda não podemos ter o uso compartilhado dos óculos, vamos ficando sem 3D nos cinemas.
Enfim, está longe de ser uma animação perfeita daquelas que vamos nos emocionar ou sair vibrando da sessão, muito menos que veremos os pequeninos dançando embaixo das telas enquanto sobem os créditos, mas é algo muito bem feito, cheio de nuances incríveis, e com um dos visuais mais interessantes que já nos foi entregue, e sendo assim recomendo ele para todos, pois vale a conferida. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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