Space Jam - Um Novo Legado (Space Jam: A New Legacy)

7/16/2021 12:54:00 AM |

Quem for conferir "Space Jam - Um Novo Legado" esperando qualquer coisa diferente do que apenas diversão e ver vários personagens conhecidos do Mundo Warner pode até ficar em casa, pois o longa praticamente não tem história nenhuma, ou melhor até tenta ter uma história base de deixar os filhos viverem e escolherem o que desejam ser na vida sem pressão, mas a base disso é tão simples que é melhor deixar de lado e se divertir com as características dos personagens que tanto nos divertiram quando éramos mais jovens dos Looney Tunes, e ainda presenciar todo o elenco do catálogo da Warner nas arquibancadas (aliás para o seu streaming certamente irão usar o filme como uma tremenda propaganda com isso). Ou seja, é um filme com um jogo bem bolado, com texturas bem interessantes, e que diverte bastante pela essência em si, mas que poderiam ter trabalhado um pouco mais a história para ficar perfeito, mas como a ideia não era essa, vale a conferida para dar boas risadas (principalmente da sacada que tiveram no intervalo fazendo referência ao filme de 1996 com a lenda do basquete).

O longa nos conta que a inteligência artificial, Al G Rhytm sequestra o filho de Lebron James e envia o lendário jogador dos Los Angeles Lakers para uma realidade paralela, onde vivem apenas os personagens de desenho animado da Warner Bros. Para resgatar o seu filho, ele precisará vencer uma partida épica de basquete contra superversões digitais das maiores estrelas da história da NBA e da WNBA. Para essa dura missão, King James terá a ajuda de Pernalonga, Patolino, Lola Bunny, dentre outros personagens.

Com uma carreira voltada somente para comédias escrachadas, o diretor Malcolm D. Lee trabalhou uma síntese menos forçada aqui, usando bem as esquetes tradicionais dos personagens animados, e dando uma desenvoltura mais solta para o astro do basquete poder se conectar com eles, de forma que até vemos bons momentos pela interação e pelas sacadas escolhidas, usando toda tecnologia possível para que os efeitos funcionassem e víssemos cestas e enterradas mais incríveis possíveis, usando como pretexto o jogo de videogame que o filho do protagonista criou pontua pelo estilo das cestas e não como num jogo de basquete comum aonde valem 2 e 3 pontos dependendo da distância do arremesso. Ou seja, é praticamente um longa inteiro feito em computação gráfica, com pouquíssimos momentos aonde o protagonista tenta algum desenvolvimento de história para mostrar um carisma com o ator que faz o filho, sendo algo que não vai muito além nesse quesito de ter uma história realmente, mas sim sendo algo para mostrar todo o elenco se divertindo em um jogo, e claro todos os demais personagens da Warner.

Diferente do que ocorreu em 1996 que Michael Jordan se jogou completamente dentro da produção com os personagens animados, aqui vemos um LeBron James mais contido em frente das câmeras, trabalhando algumas cenas com muitos efeitos, mas nada de alguém realmente interagindo e se expressando, ao ponto que até sua versão animada ficou mais bacana de ver do que seus momentos como humano. Já Dom Cheadle se colocou como um vilão imponente, levemente bobo como costuma acontecer em animações, mas se impondo bastante com seu Al G Rhytm e trabalhando com força cada detalhe de seu personagem para causar, mas não assustar, e assim o resultado acaba funcionando e mostrando uma boa personificação no que o ator encontrou para trabalhar. O garotinho vivido por Cedric Joe até tem momentos de empolgação por ver seu jogo virando realidade, mas ficou tímido demais em frente das telas, de forma que até pensei que fosse realmente o filho de LeBron sem ter experiência, mas não ele é um ator jovem e falhou um pouco nesse quesito de não se entregar realmente ao papel, o que é uma pena, mas talvez tenha sofrido de contracenar sem estar vendo realmente os personagens, o que dificulta bem a atuação. Agora quanto dos personagens, todos deram seus devidos shows seja em 2D tradicional, bem desenhado, ou como grandiosas pelúcias 3D, ao ponto que certamente irão vender logo mais muitos bonecos com as texturas que conseguiram deixar cada personagem, desde Pernalonga com toda sua irreverência, passando pelo Patolino completamente maluco como técnico da equipe, Lolla com sua desenvoltura no basquete, PiuPiu aparecendo sempre nos momentos que LeBron batia a cabeça, Gaguinho mandando ver no rap, Taz girando a quadra, e Vovó mostrando todas suas habilidades, além de outros menores, mas quem ficou realmente bem esquisito foram as misturas de animais exóticos Cobra, Aranha, Pássaro e até fogo e tempo com os jogadores da NBA e WNBA Klay Thompson, Diana Tarusi, Nneka Ogwumike, Anthony Davis e Damian Lillard que tiveram grandiosos poderes, mas não funcionaram muito bem cenicamente.

O visual dos desenhos misturando muita tecnologia acabou dando um bom tom para a quadra e para os poderes nas cestas, agradando num contexto bem parecido de um videogame (aliás tenho certeza de sair o jogo do filme aonde a garotada vai curtir muito os jogos), além de vários passeios pelos mundos da Warner como o Universo DC, Hogwarts, Matrix, entre outros que deram um tom bacana, mas que acabaram não sendo muito usados, além claro de todos os personagens na arquibancada do jogo torcendo pelos jogadores junto de pessoas comuns, ou seja, um trabalho visual de muito trabalho que até chega a lembrar um pouco "Jogador Nº 1" e "Detona Ralph", por ter grandes licenças participantes como Flintstones, Kong, Tutubarão, o palhaço de It, entre vários outros, o que deu um certo luxo para os momentos ali.

O filme tem canções bem encaixadas, mas nenhuma que fosse realmente chamativa ao ponto de ficar característica da trama, ao ponto que tudo entra bem para dar o ritmo, e assim acaba agradando dentro do filme, valendo claro deixar aqui o link para quem quiser curtir depois.

Enfim, volto a frisar que funciona como um passatempo bem divertido para curtir, passando bem longe do mágico filme de 1996 tanto pela história em si, quanto pela interação humanos e animações, mas que vai vender bem o produto e mostra bem o portifólio da companhia, mas que quem for esperando algo a mais vai acabar se decepcionando um pouco. Diria que dá para rir em vários momentos e sair feliz com o resultado das boas sacadas, mas certamente esperava algo mais imponente realmente vindo de algo que foi tão falado antes. Sendo assim recomendo ele com todas essas ressalvas, mas vá e se divirta, e assim fica a dica, e eu fico por aqui hoje, voltando em breve com mais textos, então abraços e até logo mais. Isso é tudo pessoal! That's All Folks"


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