A proposta do diretor e roteirista Riley Stearns até é bem interessante, pois vemos muitas pessoas que após sofrerem algum tipo de agressão ou bullying acabam caindo para cursos de autodefesa de artes marciais, mas aqui usaram essa alegoria como algo mais forçado, mais puxado para algo de gangue realmente, e que não tem um cerne de empolgação, não tem uma dinâmica mais precisa, parecendo quase que um filme deprimente para pessoas deprimidas, e assim em alguns atos antes de chegar realmente no fechamento chega a dar até sono com o que vão mostrando para o público. Ou seja, é um filme que teoricamente demonstraria atitude e um humor em cima dessa atitude, mas que não tem atitude alguma, sendo mediano demais em tudo, e assim só nos atos finais de maior rebeldia que o filme acaba funcionando um pouco, mostrando que a ideia do roteiro era boa, mas o desenvolvimento foi péssimo pelo diretor.
Confesso que fui conferir o longa pelo elenco, pois Jesse Eisenberg costuma entregar bons momentos em seus filmes, mas aqui ele fez um Casey que chega a ser deprimente e incômodo demais, com desenvolturas bobas e jogadas, e um estilo que dá vontade de bater, além de não ir muito além nas atitudes, ou seja, acabou ficando muito fraco com tudo, e certamente poderia ter puxado o filme para si. Os atos de Imogen Poots até foram bem intensos com sua Anna, porém a personagem é secundária na maior parte do filme, não fluindo como poderia, mas ao menos tentou, botando estilo nas expressões e agradando no que precisava. E por último, mas não menos importante tivemos Alessandro Nivola com seu Sensei, que certamente poderia ter ido muito além com tudo o que tem em segundo plano, pois suas cenas foram muito marcantes, seus atos completamente errados, e entrega demais nos últimos momentos do filme, ao ponto que o filme passa a ser quase mais dele do que de Eisenberg, e isso é bom, pois se ele não atacasse o filme seria mais morno ainda. Quanto aos demais, só temos participações, então melhor nem entrar em detalhe de ninguém.
Visualmente o longa até que é bem montado, pois temos a casa do protagonista que é sem muitos detalhes, mas mostrando a vida simples dele junto do cachorro e nada mais, a empresa aonde ele trabalha também sem grandiosos momentos, mas tendo a famosa sala do café aonde temos alguma desenvoltura marcante e claro a revista que ele copia, aí vamos para as cenas da rua de espancamento que ocorrem mais que uma vez e entendemos tudo, temos as cenas no mercado para mostrar o fracasso do protagonista, temos também as cenas na loja de armas, que vale guardar o que ocorre ali para usarmos no final, e chegamos no dojô, que ocorrem as lutas diurnas bem tranquilas, sem muitos detalhes a não ser claro os figurinos com os detalhes das cores nas faixas e suas devidas fitas simbolizantes, até chegarmos no depósito da academia aonde vemos alguns detalhes cruciais nos momentos finais, e aí sim tudo acaba sendo interessante, mas o filme já acaba na sequência.
Enfim, é um filme simples demais, que não consegue agradar, e que infelizmente mesmo tendo um ótimo elenco e uma boa proposta não dá para recomendar para ninguém, e nem vou falar mais nada, pois é cansativo até pensar nele. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.
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