Diria que o diretor e roteirista John Barr até foi bem em sua estreia comandando um filme, pois já tendo um currículo bem extenso como cinegrafista já sabia bem aonde posicionar as câmeras para uma melhor fotografia e criação de tensão, porém como disse no começo do texto ele acabou apelando demais nas situações, fazendo com que nem a pessoa mais crente do mundo acreditasse que o velho sobreviveria a vários ladrões armados com rifles em meio a uma floresta coberta de neve num frio imenso, e mesmo ele conhecendo tudo por ali ainda assim precisaria de muito mais forças para as coisas que faz estando doente, ou seja, o diretor abstraiu qualquer noção básica de sobrevivência na selva e saiu mandando ver. Ou seja, não afirmo de forma alguma que seu primeiro filme ficou ruim, muito pelo contrário, dá para ficar bem tenso e nervoso com tudo o que rola, porém temos de entrar no clima que ele criou e abstrair tudo, senão a chance de trocar de filme com menos de 30 minutos é bem alta, pois além disso tudo o primeiro ato é bem lento para conhecermos quem é o velho, o que já fez da vida, conhecer alguns coadjuvantes, e por aí vai, para aí somente ele dar o tiro e tudo estragar. Porém quem sobreviver ao começo lento e abstrair tudo de absurdo vai acabar se divertindo bem com um final que quase deu ainda mais ódio de tudo, mas finalizou bem.
Sobre as atuações, é claro que o filme é quase todo de Tom Berenger com seu Jim, e sendo assim ele é responsável pelo ritmo da trama, pelos olhares bem colocados, e claro por ficarmos com raiva das coisas que faz, pois o ator se entregou bastante para o filme, fez cenas bem coesas e fortes, mas mais da metade das cenas foram absurdas, fazendo fogueira em lugares onde daria para ver fumaça, lutando corporalmente com alguém muito mais forte que ele, atirando em meio a conversas e tudo mais, ou seja, foi quase um ninja que só por ter sido fuzileiro consegue fazer tudo, mas ao menos trabalhou bem os trejeitos e nos convenceu com o que fez em cena, pois certamente muitos atores não conseguiriam segurar a trama tão bem. Quanto aos demais, a maioria apenas apareceu cenicamente, desde os vários ladrões apenas se impondo, passando pelo jovem marido da garçonete que nem serviu para muita coisa, até chegarmos na garçonete que teve um pouco mais de falas, e com isso o destaque fica para Kristen Hager com sua Debbie, mas mais por estar mais presente nas cenas, sem nada demais para isso.
Visualmente o longa é abarrotado de neve para todos os lados, uma floresta branquinha que o protagonista com seu casaco bege quase some (ou para os vilões fica totalmente invisível), alguns lagos quase congelados, uma caverna, muitas armas de grande porte, uma pequena cabana, e claro um restaurante, um bar e uma associação de alcoólatras anônimos aonde vemos as cenas desenrolando e claro os diálogos para representar tudo, mas o visual conseguiu dar a tensão e frio, o que certamente era o pedido pelo diretor para a equipe de arte, e foi bem representado de forma correta e envolvente.
Enfim, é um filme simples e eficaz, que dá muita raiva pelas atitudes do protagonista, mas que funciona dentro do proposto, mostrando uma boa perseguição no meio da neve, e que como disse no começo, se relevarmos os vários absurdos até ficamos com um bom longa tenso para conferir, e assim sendo vale a recomendação dessa forma. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado por comentar em meu site... desde já agradeço por ler minhas críticas...