A sinopse nos apresenta o inferno, também conhecido como Belle Reve, a penitenciária com a maior taxa de mortalidade nos Estados Unidos, onde são mantidos os piores supervilões, dispostos a fazer qualquer coisa para escapar – até mesmo integrar a supersecreta e supersombria Força Tarefa X. Qual é a missão de vida e morte para hoje? Reunir um grupo de prisioneiros de alta periculosidade como Sanguinário, Pacificador, Capitão Bumerangue, Caça-Ratos 2, Savant, Tubarão-Rei, Blackguard, Javelin, e a psicopata favorita de todos, Arlequina. Em seguida, armar todos até os dentes e jogá-los (literalmente) na remota ilha Corto Maltese. Na selva povoada de militantes adversários e forças de guerrilha que aparecem do nada a cada momento, os integrantes do Esquadrão estão em uma missão de busca e destruição, e o Coronel Rick Flag é o único homem em terra responsável por fazê-los se comportar... além dos técnicos do governo da equipe de Amanda Waller, falando em seus ouvidos e rastreando cada movimento deles. Como sempre, basta um movimento errado e eles vão acabar mortos (seja nas mãos dos inimigos da ilha, de um companheiro de equipe ou da própria agente Amanda Waller). Se alguém estivesse disposto a fazer uma aposta em dinheiro, a escolha mais inteligente seria contra eles, todos eles.
Quando foi entregue o projeto nas mãos de James Gunn já se esperava ver algo completamente inovador e cheio de propostas ousadas, pois lembro como se fosse hoje quando foram lançar "Guardiões da Galáxia" me vi falando com um amigo e na época nem sabia quem eram os personagens ou como iriam interagir com o público, e isso era algo muito comum de ver em todas as pessoas entrando na sessão, porém ao sair da sala a vibração era nítida, e aqui ocorreu exatamente da mesma forma, pois quando começaram a soltar os trailer dessa versão muitos começaram a falar de onde veio a ideia para esse monte de supervilões desconhecidos , quem eram eles, quais seus superpoderes, e por aí vai, mas de cara todos imaginavam da forma criativa que Gunn iria surpreender, e dito e feito, chegou na Warner e falou que não usaria praticamente nada do longa de 2016, e principalmente que faria um longa para a maior classificação possível (18 anos lá fora, que aqui no Brasil é sempre ignorado e sai com menos), entregando muita violência visual e cenas impactantes. Ou seja, o diretor conseguiu juntar uma boa trama com a síntese maluca dos quadrinhos, mas que principalmente envolve com muita insanidade violenta e diversão em cima de tudo, transformando tudo em um resultado único e que certamente pode ser ainda muito usado com estilo para frente.
Sobre as atuações, é até engraçado de falar, mas o diretor conseguiu fazer desse até um filme melhor da Arlequina de Margot Robbie do que seu próprio filme solo, pois aqui a jovem estava completamente solta, fazendo trejeitos bem marcados, se encaixando bem dentro da missão, num estilo tão bem trabalhado que tudo acaba sendo divertido e interessante de ver, ou seja a atriz entrou disposta a tudo e agradou demais. Idris Elba trabalhou muito bem seu Sanguinário e usando de armas tão tecnológicas acabou sendo até chamado de Inspetor Bugiganga pelo seu rival na equipe, e o ator trabalhou intensamente, fez trejeitos fortes, e mesmo não querendo ser o líder da turma chamou a responsabilidade cênica para si e agradou bastante com o que fez, agradando bastante com toda a forma entregue. John Cena acabou exagerando um pouco com seu Pacificador, mas dentro do que a trama pedia acabou sendo engraçado e interessante de ver com as atitudes bem colocadas, ao ponto que seu resultado funciona bem, mas certamente é o tipo de brucutu que acaba sendo certeiro nos pontos que tem de ser colocado, não se botando a frente para que o personagem tivesse algo a mais, de forma que não desaponta, mas se não tivesse sido engraçado nas cenas de cueca e claro no final que usaram dele, ia acabar ficando apagado. Agora uma grandiosa surpresa expressiva ficou a cargo de Daniela Melchior com sua Caçadora de Ratos 2 (sendo filha do Caçador de Ratos original com cenas muito graciosas de Taika Waititi), pois a jovem trabalhou diálogos, fez trejeitos dramáticos fortes, e junto com ratinhos treinados, interpretando Sebastian o rato, foi bem demais em cena, agradando do começo ao fim e envolvendo demais. Certamente poderiam ter trabalhado um pouco mais o ator David Dastmalchian com seu Polka-Dot Man, pois sua história com a mãe é bem intensa e forte de ver, e isso acabou sendo muito engraçado dentro da trama, ao ponto que tudo acaba tendo intensidade em suas cenas, porém o ator não se soltou como deveria, e isso ficou um pouco ruim de ver. Ainda tivemos bons momentos expressivos e aventureiros de Joel Kinnaman com seu Rick Flag, boas imposições fortes de Viola Davis com sua Amanda Waller, e até alguns atos bem expressivos da brasileira Alice Braga com sua Sol Soria, mas nada supera as cenas do Tubarão Rei bem dublado por Sylvester Stallone, ao ponto que tudo acaba sendo muito engraçado de ver. Ainda tivemos alguns personagens da ilha bem feitos por Juan Diego Botto com seu Luna, Joaquín Cosio como o General Suarez, mas certamente quem foi bem mais usado foi Peter Capaldi com seu pensador, ou seja, um elenco de peso que ainda teve outros vilões usados rapidamente apenas para a primeira cena, gastando cachê com algo quase nem usado, mas é assim que rola sempre, e sem dúvida um ponto bem positivo de todos foi criar carisma para o público se conectar com cada personagem, fazendo valer a interação.
Visualmente o longa é um show sangrento de luxo, daqueles que tudo é explodido, partes de corpos saem voando ou são rasgadas, muitas cores fortes encaixadas dentro do estilo proposto, e principalmente muita interação entre os elementos gráficos computacionais com os personagens reais ali bem interpretados, isso sem falar de armas incríveis, toda uma representação clássica dos quadrinhos bem encaixada, e toda uma personalidade própria funcional para o filme, ao ponto que não tem como não ficar feliz com o que vemos na tela, incorporando sombras, e até mesmo nos exageros acaba agradando, aliás que exagero gigantesco foi a estrela do mar, que até sei que faz parte dos quadrinhos, mas é algo que chega a ser de um nível tão bizarro que é até comparado com os famosos kaijus Godzilla e afins na trama, mas com muito mais cores e insanidades visuais. Outro ponto bem bacana ficou a cargo da equipe que fez os nomes dos "capítulos" da trama todos usando letras nos objetos cênicos, fumaças e tudo mais, sendo algo bem legal de ver.
Sendo um filme de James Gunn sabemos que ele não decepcionaria na trilha sonora, e tem tantas boas músicas conectando com os momentos, dando o ritmo, e envolvendo demais que até nos faz lembrar novamente de "Guardiões da Galáxia", mas aqui usando um pouco de cadência latina (inclusive com canções brasileiras já que o filme se passa numa ilha fictícia da América do Sul), com alguns momentos de rock forte e muito mais, e aqui consegui um link com muitas das canções, mas acho que tem mais, e quem tiver algum melhor só mandar que coloco aqui.
Enfim, confesso que não esperava menos do filme, pois como disse mesmo o pessoal não curtindo o longa de 2016, na época eu curti bastante, mas aqui tudo fez mais sentido, temos muito mais ação e violência, temos bons personagens, boas piadas, e tudo o que quem gosta de um longa do estilo deseja, sendo praticamente perfeito, e assim sendo recomendo ele demais para todos. E lembrando que tem duas cenas pós-créditos então aguardem na sala. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
PS: Até poderia dar a nota máxima para o filme, mas faltou algo que me fizesse vibrar mais, porém me divertiu bastante, e uma nota 9 já vale por demais.
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