O diretor Antoine Fuqua sempre nos entrega grandes obras envolventes, com boas cenas de ação e temas que mesmo tendo situações viajadas resultam em dinâmicas que podem ser bem discutidas, e aqui ele não nos desaponta, pois coloca toda sua energia a prova com elementos futuristas, com situações de passado, vários envolvimentos malucos e tudo mais para adaptar o livro "The Reincarnationist Papers" com uma interação tão boa e explosiva que até mesmo os atos mais calmos entram em nossa mente e funcionam bem, empolgando com atitude e muita vibração. E é até engraçado observar, pois a trama tem muita força de estilo, com carros potentes, armas gigantescas, muita perseguição, saltos em aeronaves, saltos de carros e motos, e muita disposição de ação trabalhando com um pano de fundo temático de algo que podemos imaginar como zen que é a reencarnação, e isso chega a ser tão bem dominado nas primeiras cenas que até chega a soar estranho, mas vai sendo incorporado numa velocidade tão boa que ao final estamos até empolgados para curtir tudo.
Sobre as atuações, Mark Wahlberg consegue trazer sempre sua personalidade para seus personagens, e aqui seu Evan tem estilo, mas é meio bobão até assumir realmente seus "poderes", ou melhor, suas lembranças e técnicas de outras épocas, ao ponto que vamos lembrando no tempo dele, e o resultado acaba sendo bem interessante de acompanhar, mostrando bons momentos e boas expressões por parte dele. Chiwetel Ejiofor veio com tanta imponência em seu Bathurst, fora o visual bem diferente careca e barbudo, que nem remete nada a nenhum outro personagem seu, o que é ótimo de ver, mostrando que ele que era um ator que muitos só viam para personagens dóceis e envolventes pode cair muito bem para um vilão e dar um show expressivo como fez aqui, ou seja, é daquelas boas surpresas que acabam mudando completamente um filme. Sophie Cookson mostrou que cresceu bem e agora não é mais aquela jovem de diversos filmes de espiões, mas sim um tremendo mulherão disposto a lutar com muita imposição e chamando a responsabilidade para si, o que é bem interessante de ver. Quanto aos demais, tivemos ainda Dylan O'Brien fazendo o que mais gosta que é saltar, lutar e se jogar completamente com seu Treadway, mostrando sempre a boa interação de personagem que agrada quem gosta do estilo de ação, Jason Mantzoukas entregando um personagem bem divertido e interessante com seu Artisan que poderiam até ter usado mais, tivemos uma Liz Carr toda tecnológica e chamativa com sua Garrick, e até um Toby Jones bacana rapidamente aparecendo com seu Poter, além de Jóhannes Haukur Jóhannesson fazendo um Kovic imponente, Kae Alexander dominando nas artes marciais de sua Trace, e Wallis Day com sua Shin, e até mesmo a turma do primeiro ato foi bem montado com Joana Ribeiro como Leona, Tom Hughes como Abel e Rupert Friend mandando ver como a versão de Bathurst em 1985. Ou seja, um tremendo elenco que foi usado pouco em comparação a tudo que o filme poderia mostrar, mas que agradaram bastante em cena.
Visualmente a trama é bem interessante, cheia de ambientes bem trabalhados, e que contando com muitas cenas de perseguição desde o começo com os protagonistas do primeiro ato em uma fuga alucinante da polícia com uma Ferrari, e na sequência já com o protagonista fugindo do vilão em um carro tecnológico que nem dá para saber o que é, além do vilão estar num jipe quase que tanque de guerra, depois tivemos muitos drones, muita computação gráfica nos ambientes do quartel general dos infinitos crentes e passeando por muitos países e ambientes chegaram até a Escócia aonde vemos uma perseguição seguida de luta em um avião muito imponente, ou seja, com armas de todos os portes para todos os lados, tiros, explosões e muita imposição o filme acaba sendo daqueles que não temos sequer um respiro de tela, aonde podemos olhar para cada canto e ver um detalhe diferente funcionando para algo no ambiente, ou seja, perfeito demais.
O longa tem uma boa dinâmica rítmica, e contando com uma trilha sonora bem envolvente de Harry Gregson-Williams (que você pode ouvir aqui) acabamos entrando completamente no clima, tendo inclusive a canção de créditos cantada pela filha do diretor Asia Fuqua que deu um bom fechamento e vale a conferida aqui.
Enfim, é um tremendo filmaço que tem muitas falhas, como todo bom longa de ação, mas que acaba envolvendo bem o público e quem gosta do estilo irá se divertir bastante com toda a proposta, embora desenvolvida de uma forma meio que apressada. Ou seja, é daqueles filmes que talvez valesse quebrar em dois, mas isso fica para talvez uma continuação, e assim sendo confira esse e se empolgue, afinal quem sabe você vai ter uma outra vida depois para lembrar de tudo. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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