Mesmo Jon Stewart não sendo tão conhecido como diretor, afinal essa é somente sua segunda obra, ele soube ser bem coerente no que desejava passar, e principalmente soube fazer um roteiro bem amarrado para enganar o público, aliás com críticas bem ácidas aos meios de formatação de campanhas para arrecadar fundos para as eleições, e com isso o filme empolga e faz com que ficássemos bem conectados a tudo que nos é entregue, para ao final vermos um belo resultado. Ou seja, não é um filme que funciona só pela essência, mas por todo o conteúdo mostrado, e pela desenvoltura criada em cima dos personagens, e claro do fechamento, fazendo com que uma bagunça completa bem disputada encantasse com uma ideia simples da cidade.
Sobre as atuações, é sempre bem bacana a forma que Steve Carell entrega para seus personagens, pois com ele não tem o meio termo, se é pra ser agitado vamos lá, se é para fazer drama estou pronto também, e aqui seu Gary é muito bem trabalhado no estilo, é um marqueteiro nato, e daqueles que não param até conseguir seu objetivo, claro que com muito luxo e com uma desenvoltura própria que fará desse um de seus personagens marcantes, pois joga com nuances fortes, faz diálogos imponentes, e mais do que isso é bem diferente de tudo que já fez, ou seja, foi muito bem em cena. Mackenzie Davis entregou bem sua Diana, e mesmo que seja bem secundária na maior parte do filme, está sempre ao lado do pai e do marqueteiro em cena, faz boas caras e bocas e se envolveu bem com o filme, ao ponto que seus últimos atos acabam perfeitos, e assim sendo mostrou a que veio na trama. Chris Cooper fez o tradicional político da boa vizinhança, que está disposto a fazer as loucuras que o marqueteiro joga para seu Jack, mas que não parece estar preparado para o que o mandato vai lhe custar, e sendo simples demais ele acabou chamando atenção nos atos, agradando bastante. Já Rose Byrne foi colocada em cena com sua Faith para ser exatamente a rixa máxima com o protagonista, fazendo campanhas tão boas quanto as dele, competindo sempre para ver quem tem algo melhor, e com isso criando dinâmicas até duras demais, o que serve para criar as nuances cênicas, mas acabou ficando secundária demais, e isso no final fez efeito. Quanto aos demais, todos da cidade praticamente apareceram ao máximo, e isso é legal pois acabou dando nuances bacanas até para os mais simples coadjuvantes, e felizmente nenhum tentou aparecer e roubar a cena para si, funcionando bem tanto para a ideia original do filme, quanto para o conteúdo da dinâmica completa.
Visualmente o longa entrega uma cidade bem simples, com todos conhecendo todos, com internet discada, vacas, bares simples e tudo muito bem montado para mostrar o ar rústico rural do meio do nada, em grande contraste com a vida luxuosa do marqueteiro, com as festas de campanhas de donativos aonde vemos algo bem imponente de elementos cênicos clássicos de grandes festas, mas quando as campanhas entram realmente no final imponente já temos computadores, estatísticos, toda a panfletagem e por aí vai, mostrando bem toda a dinâmica bem criada pela equipe de arte para ser representativo e ainda chamar atenção com os atos finais.
Enfim, é um filme que não chama muita atenção, mas tem seus méritos e consegue agradar de certa forma pelo final escolhido, além de servir para tentarmos conhecer um pouco mais dos esquemas de doações de campanhas nos EUA, e sendo assim vale como um bom passatempo pelo menos, tendo algumas cenas engraçadas e bem feitas, então fica a dica e eu fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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