É até difícil falar o que o diretor Kevin Lewis pensou em pegar o primeiro roteiro de G.O. Parsons, mas como é um diretor de filmes de terror trash certamente encarou de boa e deu personificação e estilo para sua trama, tanto que vemos diversos momentos em close, cenas com pressões forçadas, e tudo que chamasse muita atenção, mas a grande sacada dele foi trabalhar a bizarrice toda de forma a convencer o público daquilo que é mostrado em cena, e isso é bom, pois mesmo não sendo algo que seja verossímil, a intensidade dos bichos indo para cima dos humanos foi algo engraçado de ver, o roteiro tem piadas jogadas bem bobas e estranhas, temos atos nojentos, porém sem dúvida alguma seu melhor foi colocar os "fatalities" nas lutas do protagonista, pois ver ele arrancando as correntes dos bichos como se fosse uma espinha, uma peça como se fosse o coração pela boca, arrebentar a mandíbula e tudo mais foi realmente o ápice da loucura.
Sobre as atuações, acredito que embora tenha muita movimentação corporal (a qual não sei se o ator ou seu dublê que fez), Nicolas Cage não gastou nenhuma saliva para uma palavra sequer, ou seja, entrou mudo e saiu calado do set, fazendo apenas alguns gemidos nas lutas, mas incorporou com tanta vivacidade suas cenas que acaba sendo divertido ver ele em mais uma fria, mostrando que continua sem escolher muito os longas que vai fazer, e vez ou outra acertando, o que não foi o caso aqui, mas também não foi inaproveitado, tanto que é legal ver ele jogando pinball, limpando tudo umas duzentas vezes, e lutando. Quanto aos demais vou ser bem sucinto, pois Emily Tosta até tentou chamar atenção com sua Liv, fazendo caras e bocas imponentes e se jogando para cenas mais fortes, mas não conseguiu ir muito além, Chris Warner foi mero enfeite como o mecânico Jed, Beth Grant trabalhou sua Xerife Lund de uma forma tão exagerada que chega a incomodar, e Ric Reitz trabalhou seu Tex quase como uma piada, ou seja, nem os protagonistas chamaram atenção, quanto mais os demais garotos e garotas do filme. Já quanto dos animatrônicos que apenas ouvimos as vozes, fizeram boas entonações, mas nada demais.
Visualmente diria que a equipe de arte teve muito trabalho, pois é um tal de limpa tudo, suja com óleo dos personagens, limpa tudo de novo bonitinho, suja de novo, e além disso criar todas as devidas fantasias para parecer animatrônicos, tudo muito bem sacado e colocado, e principalmente o ambiente bem propício para que todo o envolvimento acontecesse, afinal estamos falando de um longa de terror, e assim sendo tudo tem de ser colocado em ambientes escuros, muito sangue falso e tudo mais, ao ponto que a arte foi o melhor do filme com toda certeza.
Enfim, é um filme divertido de ver, mas que é muito ruim ao ponto de não ter como indicar, aliás não falei das canções, mas as musiquinhas do ambiente, no melhor estilo desses salões de festas e parques fica na cabeça depois de conferir a trama, e sendo assim é melhor pular para outro filme. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.
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