Assim como aconteceu do primeiro para o segundo filme, tivemos também mudanças na direção, no roteirista que adaptou, e até em alguns atores, o que não é algo muito comum, porém no quesito técnico essa mudança foi muito positiva, pois a diretora Castille Landon encontrou exatamente o estilo que a trama pedia, sem que precisasse exagerar nas situações mostradas, ou seja, acabamos vendo um filme que conta bem mais histórias, e ainda permeia o lado erótico dos personagens, não precisando que o filme fosse apenas isso, como é o caso do segundo. Ou seja, aqui tivemos uma trama com mais cadência, mais ambientações dos problemas do casal e de outros ao redor, e principalmente uma estrutura narrativa mais coerente para podermos chamar realmente de um filme, e assim sendo o futuro da trama passou a ser melhor visto, tanto que o quarto capítulo já caiu diretamente nas suas mãos, e será o primeiro a não ter grandiosas mudanças na estrutura, o que possivelmente mostre algo a mais no pré-fechamento da saga toda, já que ainda estão pensando se vai ter ou não um quinto filme.
Sobre as atuações, já havia dito que a química entre o casal tinha melhorado do primeiro para o segundo e agora estão ainda melhores em conexões e olhares, além claro que com uma melhor direção cênica pudemos ver melhores diálogos e expressões por parte de todos. Josephine Langford deu uma incorpada e não está mais uma tábua como nos anteriores, ao ponto que sua Tessa agora está mais madura nas atitudes, e também domina bem suas vontades e trejeitos, ao ponto que vemos ela já bem disposta para o papel, se entregando mais e agradando bem mais. Da mesma forma, Hero Fiennes-Tiffin continuou com o semblante sempre mal-humorado de Hardin, porém um pouco menos explosivo nas situações, e trabalhando olhares e dinâmicas com mais coerência, de forma que seu carisma passa a ter um estilo próprio mais funcional para o papel, e acaba agradando bem. Louise Lombardi teve um pouco mais de participação aqui com sua Trish (ou melhor a mãe do Hardin), se envolvendo na grande polêmica final, e tendo um estilo bem colocado, que poderiam ter até ido mais além. Agora uma coisa que ficou muito estranha foi a mudança de uma tonelada de personagens do elenco principal, entraram Stephen Moyer no lugar de Charlie Weber no papel de Vance, Arielle Kebbel no lugar de Candice King no papel de Kimberly, Chance Perdomo no lugar de Shane Paul McGhie no papel de Landon e Frances Turner no lugar de Karimah Westbrook no papel de Karen, entre outros que não são principais, e tirando os dois últimos que aparecem apenas em alguns atos, Vance e Kimberly tem uma ligação muito importante nesse novo filme, e não que os atores novos tenham sido ruins em cena, mas mudar de um filme para o outro que é uma continuação direta, acabou ficando algo bem maluco de ver.
Visualmente o filme acabou tendo bons momentos com uma casa de campo bem interessante, alguns passeios de barco, todo o envolvimento numa mansão lindíssima dos Vance em Seattle, alguns atos ainda no apartamento dos protagonistas que já tínhamos visto nos filmes anteriores, toda uma situação em um bar bem montado, alguns atos em uma academia de boxe, que depois usam o artifício numa sala de boxe na mansão também, um grandioso evento cheio de luzes numa roda gigante, vários momentos em Londres para um casamento, com nuances numa igreja e na casa da mãe do protagonista já meio vazia já que mudou para a casa do novo marido, e claro várias cenas sensuais, com destaque claro para a do ofurô da casa de campo com uma nuance cênica bem bonita, mostrando que a equipe de arte trabalhou bem.
Novamente o longa está repleto de boas canções para dar o ritmo sensual e claro as dinâmicas que a trama pede, e com as boas escolhas servem inclusive de playlists para muitos ouvirem após o longa, pois foram bem colocadas lá e muito bem interessantes dentro da proposta, ou seja, deixo o link aqui para todos ouvirem depois.
Enfim, é um bom filme, que diria até ter melhorado a franquia, mas que acabou finalizado de uma maneira largada para a continuação, e principalmente tem falhas técnicas estranhas para uma franquia completa (por exemplo o exagero de troca de atores, que já havia acontecido do primeiro para o segundo, e agora com personagens principais, ou seja, algo improvável de ocorrer numa saga mais crível). Claro que os fãs dos livros vão gostar bastante, ainda temos a sensação de mudança de páginas, de cortes de momentos capitulares, mas isso é algo que eles até gostam de sentir, e assim sendo vale a conferida, pois mesmo com tudo isso, ainda é melhor que os dois anteriores. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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