Escape Room 2 - Tensão Máxima (Escape Room - Tournament of Champions)

9/17/2021 01:33:00 AM |

Não sei muito das estatísticas mundo afora, mas acredito que o gênero que mais saem continuações são com filmes de suspense/terror, pois sempre sobra alguma coisa para contar no outro e com isso vão seguindo cada vez mais e como geralmente são produções baratas que rendem um bom tanto, não acabam nunca, e lá no começo de 2019 quando foi lançado "Escape Room" já nos foi dito que tinham planos de uma continuação, mas não imaginava que sairia tão logo, e mais ainda que nem tinha sido lançado e o diretor novamente já está falando num terceiro filme, ou seja, "Escape Room 2 - Tensão Máxima" é razoavelmente melhor que o primeiro, e isso era algo bem fácil, mas além de ser curto (apenas 88 minutos), gasta praticamente uns 8 minutos mostrando cenas do primeiro, nos conectando com tudo e principalmente dando detalhes que serão importantes nas cenas finais desse, sendo assim quem for conferir preste muita atenção em tudo que é mostrado no começo que será necessário no final, e digamos que a amarração toda aqui é mais intensa e bem feita, mas ainda assim poderiam impactar mais com tudo. Ou seja, é daqueles filmes que funcionam bastante dentro da proposta, mas assim como disse no primeiro filme, com um diretor realmente bom do gênero esse seria daqueles filmes que suaríamos até debaixo da língua de tanta tensão.

A sinopse é bem simples para não revelar muita coisa e nos conta que seis pessoas se encontram presas em uma nova série de armadilhas, buscando o que elas têm em comum para sobreviver... e descobrindo que todos já jogaram esse jogo antes.

Claro que falei que nas mãos de um diretor melhor o filme seria mais impactante, mas confesso que aqui o diretor Adam Robitel deu um tremendo ganho de estilo com as armadilhas, pois foram muito bem sacadas e com precisões interessantíssimas em cima de tudo, ao ponto que a montagem foi bem funcional, todas possuem estilos e motivos claros para toda a dinâmica, e principalmente possuem soluções, não sendo algo impossível de ser feito pelos protagonistas, e claro com a grandiosa sacada final pronta para termos uma continuação, embora o diretor tenha falado que pensa em voltar para atrás  e contar mais sobre o Gamemaster ao invés de ir para a frente, mas duvido que não vá seguir com o que deixou na tela. Ou seja, é um filme digamos bem trabalhado, com boas nuances e que entretém bastante, mas falar que fiquei realmente tenso com toda a situação como o nome nacional diz já foi apelar demais.

Sobre as atuações, diria que foi bem bacana voltarem com os protagonistas que sobreviveram no primeiro filme, pois ambos foram medianos no primeiro filme, mas aqui por já estarem digamos bem conectados com seus papeis acabaram indo até mais além nas cenas completas. Dito isso Taylor Russell foi menos eufórica aqui com sua Zoey, e com isso conseguiu trabalhar melhor suas dinâmicas, ao ponto que claro tem ainda cenas que poderia ter ido com menos afobação, mas trabalhou bem, e acabou agradando dentro da proposta toda, e claro sendo agora a real protagonista de tudo acertou no que precisava fazer. Logan Miller melhorou muito seu jeito de atuar, e está cada vez mais com mais carisma nas expressões, ao ponto que aqui seu Ben até entrega alguns olhares meio que romantizados para a protagonista, e isso faz com que o clima entre em outras nuances, mas claro que o filme não era para isso, e ele se mostrou um bom jogador, agradando no estilo e nas diretivas que a trama pedia. Quanto aos demais personagens, o padre vivido por Thomas Coccquerel é meio surtado, as garotas surtaram muito facilmente, e a surpresa final fez caras de espanto demais, então felizmente os protagonistas deram conta do recado, e é melhor focar só neles. 

Visualmente a equipe melhorou consideravelmente todo o aparato das armadilhas para termos algo mais convincente, pois embora tudo o que tenha ocorrido no primeiro filme seja até mais intenso de dinâmicas, como a cena no gelo, o grande buraco e tudo mais, aqui tivemos um trem eletrocutando tudo com diodos na famosa brincadeira de forca, um banco cheio de laser com toda a dinâmica dos pisos falsos, a grandiosa sacada da praia com uma dica tão precisa que os jovens foram bem lentos para descobrir, o bairro com chuva ácida, o quarto de fogo e água, e claro todos os elementos cênicos para representar a ideia completa da trama em cima de um nome, e assim tudo funcionou e envolveu, sem parecer tão artificial, mostrando que a equipe estudou bem mais como são as famosas salas de fuga no mundo todo, e o resultado agrada bastante.

Enfim, é um filme que conseguiram melhorar consideravelmente em relação ao anterior, porém tem ainda muitos problemas como a abertura para continuações, a falta de uma tensão mais forte para o público e não somente para os personagens, e principalmente ficar dependente de detalhes abertos que precisam ficar falando para que as pessoas se conectem, mas são itens que o estilo até pede, e assim sendo acaba valendo bem a conferida, principalmente se você for um fã do gênero. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.


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