O mais interessante da franquia é que depois que o criador e roteirista de todos os filmes James DeMonaco entregou sua obra nas mãos de outros diretores, acabamos tendo filmes completamente diferentes de síntese, e se em "A Primeira Noite de Crime" tivemos algo mais simbólico e de impacto nas mãos de Gerard McMurray, aqui com Everardo Gout a trama acabou sendo mais de história e força, ao ponto que o filme passa a ser bem mais reflexivo e quase que um documentário sobre o que como alguns malucos estão transformando alguns países com suas ideias nacionalistas e de linhagem, ou seja, o fluxo acaba sendo até mais pesado se pararmos para pensar em tudo que a trama traz, mas além disso é claro que ele ainda manteve toda a essência violenta de mortes e ataques mascarados que a franquia sempre trabalhou tão bem, e assim a intensidade acaba funcionando e envolvendo de formas tão imponentes que acabam assustando com cenas rápidas e marcantes. Ou seja, é daqueles filmes que funcionam tão bem com tudo que até ficamos querendo mais, e assim sendo o criador já disse que tem bala na agulha para um sexto filme, veremos nas mãos de quem irá cair, para aí sim vermos o que vai virar.
Sobre as atuações, vemos um elenco bem conciso de estilos, e todos dispostos a se entregar completamente para tudo que as cenas necessitavam, e claro que a destemida Ana de la Reguera foi muito precisa nas dinâmicas de sua Adela, incorporando uma mulher forte e bem trabalhada no estilo, disposta a tudo para se salvar. Vemos também um Josh Lucas com trejeitos caipiras marcantes, mas cheio de nuances expressivas bem marcadas com seu Dylan, ao ponto de inicialmente não curtirmos ele e torcermos para morrer rápido, mas vamos nos afeiçoando e seus diálogos acabam sendo bem marcantes. Tenoch Huerta também foi bem direcionado nos atos de seu Juan, numa mistura bem homogênea de força com personalidade, ao ponto de ser meio duro de trejeitos em algumas cenas, mas não desapontando de uma forma geral. Ainda tivemos bons momentos de Leven Rambin e Cassidy Freeman como a irmã e esposa de Dylan com arcos não muito desenvolvidos, mas segurando bem as dinâmicas com a primeira atirando bem, e a segunda segurando uma gravidez no final bem no meio de todo o conflito, ao ponto que ficou meio forçado seus atos.
Visualmente a trama é bem recheada de armas de todos os estilos, armadilhas, explosões, carros gigantes e claro muito caos, aonde vemos destruições, pessoas mascaradas com estilos bem diferentes, novamente temos coelhos malvados (somos bonzinhos gente, que sina é essa nos últimos filmes vermos coelhos do mal!!), tivemos ainda todo o ar country do Texas, e claro com isso uma desenvoltura marcada por motos gigantes, caminhões, e nas cenas finais até tanques tivemos em cena, além de um cinema de terror, ou seja, a equipe de arte caprichou bem na formatação e o ar caótico funcionou muito bem em todas as cenas.
Enfim, ainda friso que de toda a saga meu preferido é o segundo pelo ar aterrorizador, mas esse é o que mais me deu medo por estarmos bem próximos da realidade vivida na trama, e assim sendo recomendo muito para que todos vejam e reflitam sobre questões como armas, patriotismo exagerado, xenofobia e tudo mais, pois quem assistir e ver apenas um filme de terror caótico não assistiu a trama direito. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por comentar em meu site... desde já agradeço por ler minhas críticas...