Diria que o trio de diretores foi preguiçoso de certa forma, pois a trama sozinha da Wandinha teria um bom funcionamento, daria para ter bons floreios e sacadas e criar muita coisa como claro uma fuga dos pais para não liberar o teste de DNA, e até foi criado algo interessante como o interesse do cientista na ideia da jovem super dotada, mas acabaram exagerando nas passagens por cidades e atrações, algumas até sem muita funcionalidade, e com isso o filme acaba se arrastando um pouco, mas nada que chegue a atrapalhar o andar da trama, que até tem um certo estilo e proporciona bons momentos. Ou seja, basicamente fizeram uma trama que tem uma história muito pequena desenvolvida (que daria um arco dramático divertido até maior), mas que não tiveram tanta criatividade para ir além nela, e assim o filme precisou de piadinhas espalhadas, personagens desnecessários e o resultado ficou um pouco acima do mediano, já que faz rir o público adulto, mas as crianças na sessão não expressaram nem um sorriso extra.
Diria que os personagens foram bem colocados dentro do que já conhecemos da franquia, e claro que aqui o protagonismo é puxado quase que inteiro para Wandinha com sua adolescência aflorando e vindo as famosas dúvidas de ser diferente do resto da família, de ser muito mais inteligente e tudo mais, e toda esse bom chamariz acaba servindo para indagações filosóficas dela junto do mordomo Tropeço e claro algumas desenvolturas maiores, o que acaba soando divertido de ver, principalmente quando a família acaba fazendo ela pagar alguns "micos", destaque claro para seu momento de dança num festival country e depois toda a dança dos motoqueiros. Ainda tivemos toda a saga de Tio Chico se transformando em um polvo durante o filme todo e usando até cenas "sujas" para fazer rir, mas nada que role de forma estranha, ou seja, poderiam ter brincado até mais com isso. Quanto dos vilões, suas cenas foram meio que exageradas, não indo muito além de tudo, e assim o resultado deles não chega a chamar atenção em nada, tirando claro o brucutu no final tendo uma leve reviravolta.
Visualmente o longa brinca bastante com várias cidades dos EUA e suas particularidades, desde festa para eleger uma miss pimenta mirim, as famosas descidas de barril pelas cataratas, as florestas sombrias no meio do nada, as praias com muitos jovens, os bares de motoqueiros no meio do nada, e juntando a isso uma feira de ciências, e por incrível que pareça voltando a falar de clonagem/mistura de seres para trabalhar personalidades, coisa que tinha dado uma sumida da mídia, ou seja, tudo isso colocado num colorido bacana sem ser forçado de cores intensas que acabam dando um clima de Halloween para a produção, não tendo grandiosas técnicas nem muito menos cenas que pareçam usar técnicas tridimensionais.
Enfim, se o primeiro filme fui esperando muito e acabei um pouco decepcionado, agora com a continuação baixou ainda mais minha alegria com a franquia, ao ponto que não consigo indicar ele muito para ninguém, mas que vai acabar sendo uma boa bilheteria pelo lançamento ser no Halloween e ser a única opção para a garotada que curte um "mini-terror" já que desistiram do lançamento de "Hotel Transilvânia - Transformonstrão" que sairia na mesma época. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.