Diria que a diretora e roteirista Gigi Saul Guerrero até teve uma boa intenção na criação completa da trama, pois hoje todo mundo é desesperado por dinheiro, e quando é algo fácil ainda fica mais intrigante, mas como bem sabemos nem sempre tudo pode dar certo quando algo vem fácil, ainda mais em um longa de terror, e com isso ela brincou com essa busca por dinheiro, com o desespero das pessoas da comunidade com a mudança das coisas, e principalmente com as mortes acontecendo, ao ponto que a protagonista ao perder seus amigos queridos passa a ficar cada vez mais imponente e com isso indo com tudo para cima do monstro. Ou seja, a diretora tinha nas mãos algo que poderia ser incrível, mas que optou por algo meio fora dos eixos para brincar e o resultado acabou ficando bem estranho, ao ponto que não conseguimos imaginar nada nem algo a mais sobre o personagem do mal, mas sim somente no ambiente de limpeza de um determinado público da cidade, e assim captarmos essa essência dessa forma.
E falando sobre as atuações, Adriana Barraza caiu bem na personificação de sua Lupita, segurando toda a intensidade da personagem e claro da trama, fazendo meio como uma síndica imponente que decide tudo em prol da comunidade e do que acha melhor para todos, e a atriz fez olhares fortes, se jogou completamente, e principalmente foi direta nos atos que necessitavam de sua intensidade, ao ponto que quase leva o filme sozinha nas costas, mas teve ainda algumas ajudas. Já Richard Brake trabalhou seu Mr. Big com uma insanidade fora do comum, ao ponto que não conseguimos identificar bem o que ele é, mas independente disso ele consegue chamar muita atenção e ter uma desenvoltura sem tamanho para seus atos malucos, e assim o resultado de suas cenas são bacanas, mas poderia ser muito melhor. Quanto aos demais velhinhos tivemos alguns atos bem isolados que acabaram chamando a atenção, principalmente nos atos de morte e loucura de alguns, com destaque claro para Grover Coulson com seu Clarence e Clayton Landey com seu Morris, ambos bem fortes e diretos nas nuances que precisaram fazer. E quanto dos mais jovens, ficaram meio que em cima do muro sem saber bem aonde foram colocados, com Joshua Caleb Johnson fazendo de seu Caleb aqueles jovens meio que perdidos no mundo aonde estão e Jonathan Medida trabalhando seu Eric apenas em duas cenas isoladas sem muita exposição, mas apareceram e foram razoavelmente bem no que precisavam.
Quanto do visual trabalharam bem para representar as casas antigas do bairro, toda a simbologia mista entre o grupo de latinos idosos e os jovens hipsters que acabaram de chegar na comunidade, tendo todo o ambiente da mecânica de um dos personagens, do salão de beleza com poucas clientes e claro o bingo decaído que ao passar a ser administrado pelo vilão vira quase um cassino luxuoso, e assim sendo tudo passa a ser bem colorido, com televisores passando os prêmios, muitas máquinas e tudo mais, que ganha nuances mais vivas e o resultado chama atenção, agora quanto do quesito violência tivemos mortes bem intensas, com pessoas arrancando pedaços de seus corpos, todo sangue voando para todos os lados, pessoas bebendo óleo, comendo bolinhas, e tudo mais de muito chocante que funciona bem dentro da proposta toda.
Enfim, é um filme bizarro com uma ideia boa, que dentro do mundo do terror mais trash até funciona bem, mas para aqueles que não são acostumados com o estilo certamente irão estranhar bem mais do que gostar do que verão na tela, e sendo assim recomendo ele com mais ressalvas do que indicações que faça valer a conferida, e assim sendo fica a dica para quem for dar o play não assustar. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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