Diria que o diretor Turkan Derya conseguiu criar algo bem intenso em cima da história escrita pelo protagonista da trama Yilmaz Erdogan, pois todas as dinâmicas acabaram sendo bem desenvolvidas, toda a essência nos é entregue com estilo, e tudo ficou tão bem feitinho que mesmo tendo um ar novelesco demais resulta em algo que nos empolga bastante e conecta bem com tudo para conferirmos sem reclamar dos excessos. Ou seja, não é um filme que vai marcar tanto ao ponto de lembrarmos deles daqui algum tempo, mas dá para se divertir bastante com o entretenimento entregue e que ao encaixar bem o estilo investigativo trabalhado resulta em algo simples e efetivo totalmente dentro da proposta.
Quanto das atuações, o roteirista Yilmaz Erdogan entregou um Harun sério demais, que até mesmo antes do acontecimento dentro das suas comemorações acaba sendo até estranho de ver seu estilo, mas depois de tudo o resultado foi bem encaixado com a preocupação por ser descoberto, com toda a dinâmica de tentar entender como a pessoa que ele matou foi ser pendurada em frente da sua delegacia, e tudo mais, fazendo olhares tão profundos que dá para entrar nele, ou seja, foi bem, mas talvez um pouco mais de carisma para um protagonista cairia melhor. O filme fica tão preso no protagonista que quase esquecemos os demais personagens, mas Ruzgar Aksoy trabalhou bem o investigador Yadigar indo bem direto ao ponto nas suas cenas, Ahmet Mümtaz Taylan deu olhares incisivos como o chefe Cevat, o jovem Cem Yigit Uzümoglu trabalhou um Tuncay bem enigmático e até jogado demais nas cenas que ficamos pensando o longa inteiro o motivo quando nos é revelado algo, e a jovem que surge no miolo como algo mais marcante vivida por Duygu Sarisin foi bem colocada e interessante de ver, mas talvez pudesse ir um pouco mais além com algo diferente.
Visualmente o longa tem poucos elementos para serem explorados, com a casa de uma família simples no começo mostrando um homem sendo preso, muitos anos depois já estamos com uma premiação policial, dali vamos para uma delegacia que mais parece um escritório administrativo, que é onde a maior parte do filme se passa, ainda tivemos algumas cenas em matagais, parques, e mostrando alguns lugares abandonados aonde temos algumas perseguições policiais, e claro muitas lutas corporais, porque nesse estilo de filme ninguém atira, ou seja, a equipe de arte trabalhou até que bem, pois como é algo investigativo sempre que o protagonista entra nas casas vai procurando pequenos elementos para tentar entender tudo, e assim vamos junto com ele.
Enfim, é um filme bacana e bem trabalhado, que só incomoda demais nos excessos de lutas corporais muito toscas, que parecem ser até armadas pelas coreografias escolhidas, mas que tirando esses detalhes dá para curtir tudo e se envolver com a trama contada, e sendo assim vale a indicação. Bem é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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