Diria facilmente que o diretor Charles Van Tieghem tem um bom futuro no estilo, pois seu primeiro longa até tem uma formatação que traz um certo carisma para as pessoas, tem o envolvimento do jovem que não pega ninguém e vai ser treinado para isso que já vimos em tantos outros filmes do gênero, colocou uma abrangência grande de estilos de pessoas e de gêneros, e soube embelezar a trama com coisas da moda como influencers e danças que estão em voga, ou seja, pegou de tudo que pudesse ter atenção mesmo que fosse por alguns minutos e jogou na tela, o que faz com que um vasto público assista seu filme. Porém já disse isso outras vezes, e misturar tudo em um filme não faz dele algo que as pessoas se conectem, e é o caso da trama aqui, pois tudo é mostrado ao mesmo tempo que nada entra em nosso interior, e ao final apenas ficamos comovidos com a graciosa cena romântica, ou então como eu desejava com o choque de um final secundário, e assim sendo vemos que técnica o jovem diretor e roteirista tem, afinal como já fez muitos filmes do gênero está acostumado com tudo, mas falta ainda a certeza de como atingir um vasto público com apenas uma ideia bem feita, e assim o resultado irá impressionar mais.
Sobre as atuações, o jovem Mickaël Lumière até tem um carisma gostoso de seguir com seu Thibault, entrega uma personificação bem tradicional de jovens que não são tão explosivos de atitudes com mulheres, e brinca com seus momentos desajeitados, mas faltou um algo a mais nele para ser um protagonista marcante, pois seu estilo até é engraçadinho, mas alguém realmente que divertisse e fosse interessante daria um tom maior para a trama, mas não fez mal seu papel e isso é o que importa. Sobre as garotas que se envolvem com o jovem, Eva Danino fez uma Rose bem direta de sentimentos e com poucas expressões, ao ponto que alguns atos seus ficaram muito em cima do muro, e não fluíram como deveriam, o que soou um pouco estranho, já Eloise Valli fez o completo extremo, sendo exagerada demais, ao ponto que conheço algumas influenciadoras desse estilo com todo o ar de mil selfies e postagens por minuto, todo o lado vegano em prol de sua dieta e aparições e claro toda a loucura sexual, mas poderiam ter colocado algo no meio do caminho nem tão morno nem tão explosivo que chamaria atenção da mesma forma. E quanto das amigas, Manon Azem deu um tom mais imponente para sua Maud direta no ponto com o amigo, Constance Arnoult já jogou um ar mais emotivo com sua Alex docinha e envolvente, enquanto Fadily Camara já botou o amigo para dançar com sua Lulu, e sendo bem carismática conseguiu ter as nuances mais diferentes com o protagonista.
Visualmente o longa brinca com alguns ambientes bem bacanas, como uma festa de despedida de solteira bem agitada em um hotel na praia, aonde temos a primeira interação do protagonista com sua paixão, em uma cena engraçada de nudez e atitudes que poderiam ir para outros rumos, temos depois toda a ambientação de um hospital, toda a sacada da preparação do jovem com danças em alguns estúdios de dança, vários momentos em bares, uma loja de roupas de bebês bem diferentes, a casa da garota bem simples, mas com bons detalhes de seu estilo, a casa do rapaz que é mudada completamente com a entrada da namorada vegana e suas plantas, uma grandiosa festa debaixo de muita fumaça, e alguns outros atos num parque, mas nada que fosse muito chamativo, mostrando que a equipe de arte quis ser bem representativa, mas abrangeu coisas demais e não abrangeu algo que marcasse realmente.
Enfim, é um filme que até serve de passatempo, mas que passa bem longe de emocionar ou fazer rir que é a proposta correta de uma comédia romântica, e sendo assim recomendo ele com ressalvas demais em cima de algo mediano. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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