Podemos dizer que a essência da trama permeia ideias tanto de "Pânico" como as que já vimos em "Eu Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado", e assim o diretor Patrick Brice soube brincar bem com toda a síntese, conseguiu criar atos icônicos e ao trabalhar o livro de Stephanie Perkins criou algo bem propício ao gênero sem precisar abusar muito de gritarias e ambientes tensos, ao ponto que uma pessoa mascarada já consegue criar um clima tenso e causar o medo nas pessoas, mas quando a pessoa já possui algo oculto tudo fica ainda pior para a pessoa. Ou seja, o longa é de certa forma simples, porém entretém bem, tem boas dinâmicas e até ousa nos enganar com as personificações do assassino, ao ponto que acabamos apostando as fichas em alguns nomes, e o pior é que (eu ao menos) erramos bem quem é a pessoa por trás das máscaras, e assim a brincadeira fica bacana de ver, mesmo que a dinâmica toda seja bem juvenil. Sendo assim, é bacana que veja o filme sem esperar muito dele, pois a chance de se divertir é maior ainda, e claro que talvez ainda seja pego de surpresa em alguns momentos para levar uns sustinhos.
Sobre as atuações, por ser um longa com muitos jovens acabou faltando um pouco mais de expressividades fortes, ao ponto que em alguns atos os protagonistas até parecem meio que desanimados de atuar, mas nada que atrapalhe o filme, pois fizeram trejeitos assustados na hora da morte, e isso é o que importa. A protagonista Sydney Park não se jogou tanto no papel de sua Makani como poderia, de forma que não faz o público desejar que ela solucione o problema todo (aliás torci prela morrer logo no começo!), e assim vemos ela até fazendo suas nuances, mas suas dúvidas e receios são tão enigmáticos que não vão além e ainda amarram o restante, ou seja, ficou muito em cima do muro. O jovem Théodore Pellerin tem estilo, e já vimos isso em outros filmes seus, mas também fica tão retraído na trama toda com seu Ollie que até dá para desconfiar dele, e assim seus atos não chamam toda atenção que poderia também. Os demais atores até tentaram trabalhar seus atos, mas se os protagonistas já não foram muito além, os secundários então ficaram muito para trás em tudo, com Jesse LaTourette trabalhando sua Darby com uma personalidade estranha daqueles jovens nerds que toda escola tem, Burkely Duffield faz o jogador de futebol gay que anda na moda e acaba perdendo os amigos quando mais precisa, Dale Whibley trabalhou seu Zack filho do dono de tudo da cidade que tem proteção para tudo, mas é o rebelde que vive das drogas, Asjha Cooper trabalha sua Alex como a revoltadinha da turma, e Diego Josef faz o Rodrigo que parece não servir para nada no grupo, e com isso acaba sendo o que vai ser pego primeiro do grupinho. Ou seja, faltou uma direção de elenco mais efetiva para chamar a atenção realmente.
Visualmente o longa tem bons atos, mas é até engraçado como as casas em filmes de terror são totalmente isoladas, sem nenhum vizinho por perto, de forma que os protagonistas ficam quase que sem ninguém nos atos mais tensos, e claro que acabam morrendo, mas aqui o assassino é ousado e até em uma festa lotada vemos ele atacando com seu facão, temos uma casa aonde é montada até uma fogueira para representar o passado obscuro da protagonista, vemos na festa a mostra do arsenal de coisas do nazismo que o fazendeiro rico possui, e claro vemos uma festa do milho que acaba ficando bem quente, além das cenas na escola com jogos tradicionais de futebol americano e corredores bem longos para altas correrias. Ou seja, cheio de clichês, mas também bem representativo com muitas fotos e claro as máscaras com rostos dos futuros mortos, aonde eu destacaria a cena da igreja, que foi bem tensa de ver tudo acontecendo.
Enfim, é um longa simples do gênero, mas que funciona bem dentro da proposta, e que mesmo não sendo assustador, tem um ar violento interessante de acompanhar, e sendo assim até vale a indicação, só diria para não ir esperando muito do vilão final, pois é a maior decepção do longa suas justificativas, mas fica a dica para quem gosta do estilo. Bem é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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