O diretor Tommy Wirkola gosta de situações conflituosas e insanas em seus filmes, e com isso já é de praxe ir conferir esperando algo que vá chocar em determinado momento, ou as vezes no filme todo como é o caso aqui, e se num primeiro momento o filme parecia algo banal e meio até que bobo, depois da metade da trama tudo fica tão explosivo, com situações com sangue de sobra, partes decepadas, muita bizarrice (algumas até desnecessárias) que só quem realmente amar o estilo irá ver ele até o final, mas tirando esse detalhe de querer chocar, a trama tem uma desenvoltura até que bem bacana, pois realmente já vimos muitos casais que estão prontos para explodirem e usar essa explosão para se alinharem e voltarem a se amar, e aqui essa ideia como esperada consegue um desfecho ainda melhor para a trama, ou seja, toda a loucura aterrorizadora e bizarra fica divertida com a proposta de encerramento, e assim o resultado vai além do esperado.
Sobre as atuações é fato claro que Noomi Rapace é uma atriz que sabe encaixar tantas vertentes em suas personagens que até fazendo algo meio que jogado como é o caso de sua Lisa aqui consegue agradar, e claro que ela não economizou olhares, fez drama, fez ação e tudo mais que pudesse para conseguir se livrar, e claro fazendo uma personagem que é atriz também trabalhou o drama em cima do drama e agradou bastante do começo ao fim. Aksel Hennie é um ator meio estranho que consegue chamar atenção e ao mesmo tempo nos desconectar dele com uma facilidade meio que estranha também de ver, ao ponto que seu Lars num primeiro momento pareceu frouxo demais, depois entregou personalidade, e por fim já estava com atitudes imponentes bem colocadas e cheias de desenvolturas, ao ponto que tudo o que faz beirou a loucura, mas foi bem e acertou de certa forma. Quanto dos demais, vale a desenvoltura mais insana de Atle Antonsen com seu Peter, principalmente nos atos finais, o lado mais doidão do nazista Roy vivido por André Eriksen, e até Christian Rubek entregou um Dave bacana, mas sem muita explosão, ao ponto que todos os três acabam sendo brutalmente massacrados, já os demais, Viktor foi um mero enfeite e o pai do protagonista até teve uma boa desenvoltura no final, mas nada demais.
Quanto do visual da trama, o longa se passa praticamente inteiro num chalé, e se tudo parece bonitinho no começo, ao começar os tiroteios, os cortes e triturações, meus amigos, a equipe de arte gastou litros e mais litros de sangue falso, de próteses e de tudo mais que fosse necessário para a equipe de maquiagem rechear visualmente toda a interação, com pedaços de coisas voando e tudo o que fosse possível estar na frente dos personagens virando armas, numa loucura completa e até bonita de tanto vermelho voando pelos ares, ou seja, se precisaram gravar alguma cena mais que uma vez não queria estar na pele da equipe para limpar tudo e filmar novamente. Ou seja, foi um trabalho visual bem intenso e que resultou em algo bacana de ver, e claro o fechamento cinematográfico para os atores/diretores interpretados darem seu show com entrevistas e filmagens.
Enfim, é um filme insano que quem curtir um trash cômico vai entrar de cabeça e curtir com toda a desenvoltura, e que conseguiram colocar até um pouco de história na bagunça toda, ao ponto que funciona e diverte. Claro que não espere dar risadas de rolar na sala, mas tudo é funcional e a loucura é bem entregue, sendo assim uma indicação mais propensa para um estilo de público. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por comentar em meu site... desde já agradeço por ler minhas críticas...