O mais divertido de tudo é que fui conferir o longa sem esperar muita coisa, pois já tinha visto o trailer uma vez só, e ultimamente o diretor Ridley Scott não andava entregando coisas tão marcantes, mas aqui entregou algo tão forte e bem feito que acabei surpreso tanto pela intensidade das cenas, quanto pelo desenrolar de tudo, e sendo baseado em um livro romanceado de uma história real, quando a trama começou sendo aparecendo na tela "Capítulo 1 - A Verdade de Jean de Carrouges", já pensei vai ser embaçado, aí demorou uma eternidade e apareceu na tela "Capítulo 2 - A Verdade de Jaques Le Gris", mostrando praticamente as mesmas cenas com intensidades diferentes, ângulos diferentes, situações diferentes, mas tudo praticamente rolando igual já me fez lembrar o longa brasileiro do caso dos Ritchtofen, então apareceu depois de um bom tempo "Capítulo 3 - A Verdade de Marguerite", apaga tudo e aparece apenas "A Verdade", então eis que vemos praticamente tudo novamente sob o olhar da mulher, com cenas que só vimos mexer de bocas a distância, outros ângulos ainda, e situações/diálogos ainda mais fortes que impactarão muito nas mulheres que forem ver o longa e ouvirem, e claro chegamos no embate realmente acontecendo com muita força e cenas bem realistas assustadoras pela coreografia dos combatentes, mostrando claro que os dublês foram bem demais em cena. Ou seja, o diretor conseguiu um feitio de nos remeter aos seus grandes clássicos de antigamente, e surpreender bem com um filme até que bem longo, mas que funciona bem e deve lhe garantir ao menos algumas indicações à vários prêmios, e detalhe foi gravado durante a pandemia que quem conferir o making of verá todos da equipe com máscaras, ou seja, se não conseguir as indicações com esse, certamente conseguirá com outro grande longa dele que será lançado no mês que vem ("A Casa Gucci"), ou seja, 2021 será fechado com chave de ouro de Scott.
Sobre as atuações, antes de falar do trio de protagonistas preciso começar falando de Ben Affleck, pois só vi que o ator estava no filme nos créditos, a equipe de maquiagem mudou demais o ator, e ele está muito bem com seu Pierre D'Alençon, fazendo um papel imponentíssimo, cheio de orgias, cheio de jogadas arbitrárias, e é um personagem muito grandioso na trama pelas cenas que faz, mas o ator está irreconhecível numa primeira olhada, e que depois vendo o trailer até dá para notar que é ele, mas indo sem saber, é surpreender com o nome na tela no final, mostrando que está ainda bem demais no que sabe fazer. Agora voltando para os protagonistas, Matt Damon nos entrega um Jean de Carrouges bem forte, com uma personalidade dura completamente diferente da maioria de seus papeis, com traquejos cênicos marcantes e bem elaborados, e conseguindo chamar muita atenção nos atos que faz, sendo um papel que talvez lhe marque futuramente. Agora é engraçado demais ver num filme falarem que Adam Driver é um homem bonito, quem em sã consciência falaria isso, e aqui seu Jaques Le Gris é ainda mais estranho com uma vasta cabeleira, mas o ator se doou bem para suas cenas, fez olhares bem elaborados e principalmente chamou a responsabilidade para si nos atos que precisou criar dinâmicas, acertando bem em tudo. Quem viu Jodie Comer em "Free Guy" vai ter a certeza absoluta que não é a mesma atriz que entrega aqui uma Marguerite marcante, toda cheia de si e também desesperada por tudo que ocorre, sabendo dominar as nuances de sua personagem, e claro a verdade de ter sido estuprada e numa época ainda mais machista impossível é humilhada de todas as formas no julgamento com palavras duras e a atriz segurou no olhar e no silêncio cada momento sendo perfeita. Ainda tivemos boas atuações de Harriet Walter como a mãe do protagonista seca e imponente nos atos, Alex Lawther entregando um Carlos VI novinho de tudo e se divertindo demais em cena, e Adam Nagaitis trabalhando seu Louvel como um bom capacho deve ser, entre outros bons atores e personagens reais da época.
Visualmente como todo bom longa épico medieval temos castelos imensos com todos os funcionários, muita simbologia nos atos de cobranças de impostos, alugueis e animais, cenas de orgias bem trabalhadas, lutas com figurinos muito trabalhado nas armaduras com uma riqueza incrível de detalhes, armas fortes e claro toda uma preparação gigantesca para o grandioso duelo final, com as cenas de pós-batalha ainda mais fortes pela essência passada, além disso tivemos um grandioso julgamento num palácio repleto de velas, mostrando um trabalho gigantesco da equipe de arte e claro da fotografia maravilhosa que acabou resultando em tudo. Ou seja, é perfeito nesse sentido contando com muito sangue nos atos de batalha, muitos armamentos e tudo que um longa medieval tem de ter.
Enfim, é um filme bem acertado em todos os detalhes, na história, na direção e tudo mais, que só pontuaria que talvez algumas cenas foram mostradas em demasia nas três versões, ao ponto que poderiam ter eliminado elas afinal já sabíamos exatamente o que ia rolar ali, e foram idênticas, e assim reduziria talvez uns 10-20 minutos do longa, mas nada que atrapalhe o resultado, pois os 152 minutos são repletos de intensidade e quem gosta do estilo não irá reclamar de forma alguma de nada, e sendo assim recomendo demais para todos, mas principalmente para quem ama batalhas épicas. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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