Diria que o diretor Takahiro Miki, que é bem experiente em romances, foi bem amplo no sentido de sua trama ter uma boa desenvoltura e dinâmicas gostosas de acompanhar, ao ponto que não posso falar da similaridade com o original sul-coreano por não ter conferido ele, mas digo que aqui ele deu uma intensidade bem colocada nos protagonistas, conseguiu criar uma química gostosa entre eles com os olhares, e com o jovem sendo meio problemático seu mistério ficou bem amarrado, não sendo entregue de cara. Claro que poderia ter desenvolvido esse ar culposo do jovem de uma forma menos exagerada, mas toda a intensidade das cenas acaba sendo bem envolvente, vamos entendendo tudo o que o diretor quis mostrar com sutilezas, e cada ato funciona bem, só volto a frisar o que falei no começo que ele raspou a trave de criar desenvolturas com os personagens paralelos a todo momento, algo que se cai com qualquer outro diretor veríamos a vida do jovem com o amigo, veríamos seus atos no orfanato, veríamos um pouco de tudo de sua vida, enrolando mais ainda, porém diria que o final escolhido embora assuste um pouco (confesso que fiquei bem preocupado do longa acabar de uma forma mais trágica! Ousada e diferente!) foi bonito e bem simbólico de ver, mostrando atitude e estética, coisa que vemos bem pouco em romances.
Sobre as atuações, Yuriko Yoshitaka trabalhou bem sua Akari, fazendo inicialmente cenas bem intensas de olhares e de atitudes, trabalhando sua cegueira com nuances bem marcantes, fazendo atos simples, porém bem marcados, e se entregando completamente do início ao fim com uma doçura e ingenuidade bem gostosa de ver, que até pode parecer exagerada, mas que deu atos certos e intensos com um bom tom e agradou bastante com o que fez. Já Ryûsei Yokohama trabalhou seu Rui com nuances extremamente sérias, fazendo semblantes culposos tão marcantes que seus olhos realmente dizem o que está sentindo direto nas cenas, e o jovem gastou tão poucas palavras para demonstrar tudo o que precisava que acaba sendo intenso na medida certa, além claro de se esforçar bem nas cenas de lutas, colocando intensidade aonde precisava e acertando bem mesmo que incomodasse com sua culpa a todo pensamento, mas isso era do personagem, e o ator fez bem. Quanto aos demais, nenhum tentou chamar atenção, ou melhor, muitos até tentaram, mas é melhor nem dar destaque, pois seus personagens apenas desfocaram o filme, e isso é algo que é até ruim de falar.
Visualmente o longa foi bem trabalhado, criou as devidas ambientações representativas, desde o trabalho da jovem como cega em um telemarketing, mostrou as lutas tanto normais de campeonato quanto as clandestinas do jovem, retratou bem seu passado na máfia causando tortura nas pessoas, e até remeteu bem seus momentos no orfanato, além claro de atos em restaurantes, e todo o belo e intenso primeiro contato na vigia do estacionamento, aonde vemos todo o simbolismo dos atos e a química acontecendo com cheiros, com elementos clássicos e muito mais, ainda tivemos alguns momentos na casa da jovem e fomos agraciados com bons momentos do cachorro, que no final ainda foi mais usado ainda. Ou seja, a equipe de arte trabalhou bem para representar tudo, e ainda conseguir boas locações simbólicas para tudo.
Sobre a questão musical, o longa está vendendo no trailer a trilha sonora cantada pela banda BTS, que emplaca a música tema do casal "Your Eyes Tell", mas é tocado somente um pedaço no meio do filme bem rapidamente, e depois durante os créditos, então não vá esperando escutar a banda durante o longa todo.
Enfim é um longa bonito, que tem uma intensidade gostosa de ver, e que conta ainda com alguns momentos de surpresa bem interessantes por toda a conexão que acabaram montando, ao ponto que quem gosta de um bom romance certamente irá se envolver com tudo e o resultado vai valer a pena, sendo assim recomendo ele para todos. Bem é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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