Mas é fácil entender a finalização simples sem uma grande explosão, e a causa já disse aqui diversas vezes: ser o primeiro filme do diretor Seth Savoy, que entregou boas dinâmicas de miolo, conseguiu criar boas conexões e desenvolturas, porém foi num crescente tão bem marcado que não soube como finalizar, e isso é algo comum de primeiras obras, pois a ideia de uma autora de um livro conversando com os personagens para saber suas versões é boa, bem sacada e deu uma boa modelagem geral para a trama, porém os personagens se desenvolveram rápido demais dentro da estrutura toda, os crimes já estavam ficando marcados, e colocar mais coisas soaria repetitivo, mas certamente um algo a mais para saber que fim virou os outros que escaparam daria uma boa nuance e um algo a mais para tudo, mas sairia da base real, e não seria um acerto completo. Ou seja, o diretor trabalhou bem o roteiro criado, foi criativo no que deu para fazer, trabalhou bem a ousadia dos jovens, mas faltou aquele diferencial, e isso talvez consiga num próximo filme, afinal como já disse outras vezes com o primeiro longa certamente se aprende a errar.
Sobre as atuações, diria que o protagonista Patrick Schwarzenegger até soube conduzir bem a trama sob o seu olhar, mostrando que acabou entrando naquela vida maluca pelo primo, mas que sim seu Lance acabou mudando os ares ali, entrou completamente no clima e também surtou com tantas possibilidades e criações, e o jovem ator até foi bem em segurar a responsabilidade em vários atos, coisa que talvez até poderia cair para os mais velhos do elenco, mas como estamos vendo o seu ponto de vista de tudo, o resultado se firmou nele e foi bem no que fez. Diria que Alex Pettyfer poderia ter segurado mais as pontos com seu Ellis, ao ponto que faltou um pouco mais de explosão nele, pois com todos falando que ele era meio instável, que tinha pontos obscuros e tudo mais, o jovem apenas foi um líder meio que criativo demais, e isso não pesou ao seu favor, mas como a trama não usou nada de suas informações, talvez isso tenha ficado meio que de lado, ou não. Não conhecia a atriz Hayley Law, e gostei da forma que entregou os trejeitos de sua Allie, mostrou personalidade e uma desenvoltura leve para uma personagem que talvez fosse até mais explosiva, ao ponto que seus resultados soaram interessantes e intensos de ver. Ainda tivemos Gilles Geary trabalhando bem seu Jack com nuances próprias e bem convincentes tanto para a trama, quanto para fazer seu primo entrar num conflituoso mundo de roubos, e claro, Michael Shannon como o imponente Mel comprador das obras roubadas, que fez bem o ar mafioso que chega na cara de seus empregados e fala para se calarem sobre tudo, com olhares e intensidades bem marcadas.
Visualmente o longa foi bem pensado e certamente deu uma trabalheira imensa para a equipe de arte, pois literalmente bagunçaram aos montes diversas mansões, jogando tudo para o alto, quebrando tudo o que tivesse por perto, pichando paredes, e com isso toda uma desenvoltura completa foi criada e entregue com nuances fortes e bem colocadas, ao ponto que o resultado visual acaba chamando muita atenção e que junto de trechos jornalísticos, e claro todo o ambiente das entrevistas na prisão mostrou tanto técnica quanto um aguçamento bem trabalhado de todos, colocando a arte em primeiro plano e simbolizando até mais de tudo nas atitudes dos personagens.
Enfim, está longe de ser um filme perfeito do estilo, e também trabalha um tema que já vimos acontecer em outros longas, mas consegue ser envolvente e funcionar bem como um bom passatempo de domingo, mostrando que a situação pós-estudos é algo complicado de se conseguir empregos nas áreas, e que muitos acabam indo por caminhos controversos, mas no mundo do crime acaba se pagando preços que alguns não desejavam pagar, e assim fica a indicação para todos, pois é algo bacana de ver. Bem é isso meus amigos, fico por aqui agora, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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