Diria que o diretor e roteirista Zackary Adler até fez um bom filme de ação, afinal já estamos até bem acostumados a aceitar tantas coisas absurdas nesse estilo, porém faltou um pouco mais de senso em alguns momentos, e talvez até uma imposição maior dentro da personalidade dos vilões, pois ficaram parecendo pessoas muito mal preparadas para toda a desenvoltura ao ponto de não entregarem uma fluidez melhor no filme, sendo que tudo praticamente precisou ser mostrado na abertura para sabermos mais do grande mafioso e com isso o personagem de Gary Oldman acabou virando quase um grande enfeite cênico depois, o que não deu as nuances necessárias para que o filme fluísse. Ou seja, dizer que é um filme ruim de lutas é exagerar, pois nesse quesito temos uma pancadaria da boa, mas colocar ele como um filme de proteção policial, de máfias e de desenvolturas a mais aí é só para quem realmente quiser ser encanado.
Já que já falei do enfeite que foi colocar Gary Oldman apenas para vender o filme, Olga Kurylenko já foi melhor empregada (ou talvez sua dublê) em cenas recheadas de ação, lutando muito, pulando de um lugar para o outro, atirando, levando tiro, e fazendo caras e bocas bem marcantes com sua Mensageira, ao ponto que seus atos ficaram bem trabalhados e o resultado geral é algo que até empolga de certa forma, mas não dá para acreditar em metade de suas cenas. Amit Shah trabalhou até que bem com seu Nick, fazendo olhares desesperados para tudo, sendo bem trabalhado na essência, mas sem fluir muito também. E por último William Moseley acabou entregando até que um Bryant bem orquestrador dos atos, desesperado para cumprir sua missão, mas fazendo mais cagadas do que acertos, afinal o filme pedia isso, ao ponto que ao invés de meter uma bala não, prefere preparar a cena para um atropelamento, ou seja, o ator fez caras e bocas, mas nada chamativo demais. Quanto aos capangas, cada um da sua maneira lutou bem, valendo claro os atos finais de Greg Orvis como um sniper que depois parte para a pancadaria face a face, e sua morte é uma das mais violentas, sendo algo bem feito pela protagonista numa loucura total.
Visualmente o longa praticamente todo se passa ou na casa do chefão que serve de prisão domiciliar em algo tão requintado que nem dá para considerar uma prisão, apenas tendo um agente na porta, mas ouvindo músicas clássicas e tomando champanhe, enquanto no outro país dentro de um estacionamento está rolando toda a pancadaria nos vários andares, com muitos tiros, facadas, drones e tudo mais que possa ser usado como arma seja pelos capangas ou pela protagonista, numa interação bem recheada de sangues e cenas bem violentas, daquelas de rachar a cabeça (literalmente), mostrando que a equipe de efeitos visuais trabalhou bem junto da equipe de maquiagem, ampliando o nicho de um pequeno espaço que foi usado pela produção.
Enfim, é um filme que tem uma proposta simples demais, e que usaram e abusaram de excessos cênicos para que tudo fosse mais explosivo e recheado de ação, mas que não chega a atingir nenhum grande momento sem ser pelas cenas de exposição violentas de cabeças rachando, pescoços sendo cortados, entre outros detalhes, e assim sendo só quem realmente curtir o estilo vai gostar do longa, ao ponto que não consigo recomendar muito ele não. Bem é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado por comentar em meu site... desde já agradeço por ler minhas críticas...