O mais engraçado de tudo é que o longa tem tanto um tremendo roteirista quanto um excelente diretor, e acabaram deixando o fechamento meio que jogado demais, ao ponto que Martin Campbell até soube entregar cenas de grande imponência, desenvolver toda uma perseguição bem montada por vários ambientes, e ser criativo nas jogadas entre os protagonistas, porém o texto de Richard Wenk acabou parecendo ser mais um episódio de algum outro filme/série que não tem uma grande fluência nem uma desenvoltura bem impactante, sendo daqueles que onde quer que olhássemos acharíamos um furo, aliás a personagem principal é tão bem furada que no final está andando tão bem que é estranho de ver, mas como isso é algo de praxe nos filmes de ação o resultado acaba valendo acima de tudo. Ou seja, é um filme com um texto problemático, mas que tem uma boa desenvoltura, e assim acabamos nos divertindo com toda a interação passada, e quem sabe apareçam daqui algum tempo com uma continuação.
Sobre as atuações, confesso que num primeiro momento achei que Maggie Q não iria ser impactante o suficiente para o papel, mas acabou entregando tanta desenvoltura para sua Anna seja lutando ou até trabalhando os momentos mais minuciosos com olhares intensos e marcantes, acabou fazendo um resultado até maior, e assim já fica como um nome para ser lembrado quando quiserem mais filmes com mulheres imponentes, pois a atriz fez bem o que precisava. Já estamos acostumados com Samuel L. Jackson xingando e metendo bala em quem passar na sua frente, ao ponto que aqui seu Moody ainda foi bem surpreendente pelas cenas que se meteu, e claro pelo que acaba fazendo, pois com ele ninguém tem vez. Michael Keaton caiu como uma luva no papel de Rembrandt, pois soube dosar ironia nas frases, trejeitos de impacto e ainda ter classe como um segurança do principal vilão, ao ponto que ele acabou tendo muito mais visibilidade e interação que o real vilão, e assim fez muito bem em cena todos seus atos. Quanto aos demais, David Rintoul apareceu um pouco com seu Reyes, meio que obstinado demais, meio que comandando tudo às escuras, mas sem grandes chamarizes na interpretação, e Robert Patrick teve suas cenas de motoqueiros meio que jogadas também na trama, parecendo ser alguém conhecido dos demais protagonistas, mas ficando meio que sem ir muito além, e Ray Fearon acabou sendo bem trabalhado nas cenas de seu Duquet, mas nada que fosse memorável.
Visualmente o longa tem bons atos em Londres na mansão gigantesca de Moody em seu aniversário, temos a belíssima livraria da protagonista, aonde a destruição por tiros chega a ser assustadora (esperamos que não tenham colocado livros reais para tudo o que aconteceu!!), depois voltamos para o Vietnã aonde o filme começou com a protagonista ainda garotinha, inclusive indo aonde começou sua vida de matanças, passando por lugares bem bonitos visualmente, tendo muitas lutas e tiroteios nas ruas e no prédio dos vilões, até chegarmos na gigantesca casa do grande vilão, com uma festa de gala recheada de segurança por todos os lados, mas que como já imaginávamos falha consideravelmente. Como objetos cênicos temos muitas armas, figurinos marcantes, muitas explosões e tudo o que um bom longa de ação deve ter, desde motos gigantes e muita desenvoltura de drones e equipamentos de segurança.
Enfim, é um filme bacana, que não tem nenhum grande envolvimento para ser lembrado daqui há alguns anos, mas que tem boas lutas, bons tiroteios e uma desenvoltura interessante para servir de passatempo de ação, sendo daqueles que quem curte o estilo irá ficar feliz com as boas cenas de ação, mas quem for esperando uma história realmente vai acabar bem desapontado, pois como já disse tem mais furos que quantidades de tiros. Sendo assim, fica a dica pessoal, e eu claro, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.
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