Estava na dúvida do motivo de não ter gostado tanto da proposta do filme, já que os demais embora tenham defeitos conseguiram me emocionar, e a resposta é bem fácil agora que fui pegar os dados técnicos, pois só não foi trocado o protagonista dos filmes, no caso o reverendo Dave, entrando agora outro roteirista e outro diretor, e ambos apenas trabalharam na franquia antes como atores e editores, ou seja, tanto o diretor Vance Null quanto o roteirista Tommy Blaze pegaram algo que já estava bem consolidado e quiseram inventar em cima, colocando agora um tema mais politizado do que religioso, e com isso saindo completamente do vértice interessante que era a franquia. Ou seja, não digo que o tema é ruim, muito pelo contrário já que o ensino em casa tem sido visto com bons olhos seguindo alguns problemas de escolas mundo afora, mas aqui nem entraram tanto nesse mérito, mas sim numa briga meio boba, com situações jogadas, e vários momentos e argumentos que você bota a mão na cabeça e pensa que não estão falando isso (todo o vértice da NASA eu raspei a trave de gargalhar dentro do cinema!), porém voltando a falar do conceito técnico, bagunçaram demais um estilo que tem dado muito certo (os filmes religiosos comoventes), e assim o resultado desandou completamente.
Sobre as atuações, literalmente todos tirando o reverendo Dave pareceram estar lendo seus textos, de forma bem robótica e sem grandes perspectivas, mas como o filme só veio dublado vou acreditar que isso tenha sido um problema dos dubladores encontrados, e não dos atores, apesar de todos estarem bem sem muita expressão em cena. Sendo assim vou apenas falar rapidamente de dois personagens, o primeiro é claro David A.R. White com seu Reverendo Dave já até cansado de tantos filmes nesse personagem e como só faz filmes nesse estilo já virou acho que até pastor realmente, mas aqui sua desenvoltura ficou quase que 100% longe da pregação, o que foi algo ruim de ver, e mesmo com seu grandioso discurso de fechamento no tribunal, acabou faltando um pouco mais de uma sintonia religiosa realmente falando de Deus e não tanto de algo politizado. E Amanda Jaros acabou aparecendo mais como uma mãe que trabalha muito e vê pouco o filho após a morte do pai com sua Taylor, mas seu destaque foi ir revelando camadas que os demais não sabiam, de ser viúva, de já ter trabalhado na NASA, e tudo mais, e assim a atriz que estava quieta no cantinho acabou aparecendo até mais do que o previsto. Quanto aos demais, garanto que não foi problema da dublagem, mas todos estavam parecendo robozinhos duros e sem trejeitos, salvando um pouco os congressistas, mas nada de muito surpreendente.
Visualmente o longa foi bacana apenas por mostrar várias esculturas e monumentos da capital dos EUA, e explicar algumas delas (ao menos usando a base da liberdade e um pouco de crença religiosa), mas tirando esse detalhe nem a igreja do reverendo foi muito usada, aparecendo apenas em uma cena, o resto só escritório, a casa dos protagonistas com um grupo de crianças que parecem entrar várias dezenas na casa, mas na sala tendo apenas uma meia dúzia em aula, e o tribunal de debate ficou como algo muito simbólico apenas, sem grandes chamarizes, ao ponto que o filme parece não fluir tanto cenicamente, e ainda teve o lance da compra do carro com o garoto meio bobo com alguém diferente do seu meio, e ainda um acidente para dar um choque no público, mas que nem é muito usado na trama.
Enfim, é um longa que tinha potencial tanto pelo tema, quanto pela franquia sem si, mas que acabou não sendo nem uma coisa nem outra, e desandou completamente, sendo fraco demais e arrastado demais, ao ponto de que talvez alguns adeptos da ideia até comprem a síntese do filme, mas de um modo geral não vale o tempo na sala do cinema ou em casa quando sair. Bem é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.
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