Os diretores e roteiristas Jared Bush e Byron Howard que fizeram o ótimo "Zootopia" voltaram a trabalhar aqui com uma essência aberta e cheia de vida, aonde a história tenta nos mostrar que não temos que nos comparar a ninguém, mas sim sermos nós mesmos dentro do que sabemos fazer e encaixar isso num mundo maior, e que claro servirá para algo mesmo que não víssemos num primeiro momento, e se lá em 2016 com a tecnologia da época os diretores já nos surpreenderam com muitas cores e texturas, agora então, cada detalhe tem um toque, a saia da protagonista parece ser realmente de pano que roda a cada giro seu nas danças, vemos os pelos dos animais, vemos todo o ambiente bem preparado no meio da selva colombiana, e tudo sendo tão bonito e direto de ideologias que o resultado final ainda vem com um toque mais emocionante por parte da vila toda que não tem como não dar aquela escorrida de lágrima, e assim sair da sessão muito feliz com o que viu.
Sobre os personagens, cada um tem seu dom desde força, beleza com flores, cura, transformação de pessoas, ver o futuro e por aí vai, mas uma coisa é nítida em todos, o carisma, pois como o tema é um pouco pesado para as crianças, e é um longa da Disney, optaram por trabalhar o envolvimento nos gracejos deles, nas cores e até nos personagens secundários vividos pelas crianças da vila e os animais do garotinho Antônio, mas sem dúvida alguma toda a essência da trama ficou a cargo da protagonista Mirabel, que na versão nacional é dublada por Mari Evangelista com um tom de voz bem gostoso e empolgante de sentir e acompanhar, transformando a garota em alguém cheia de sonhos e disposta a tudo para fazer sua parte dentro da família. Ainda tivemos muita cantoria com as demais irmãs dela Luísa dublada por Lara Suleiman e Isabela que Larissa Cardoso deu o tom, além de Jeniffer Nascimento que entrega o tom para Dolores e no final ainda tivemos a canção tema de Felipe Araújo que faz o galã Mariano na trama, mas que nem foi tão usado, mas sua canção ficou bem encaixada.
Visualmente o longa é incrível, com uma casa totalmente viva, cheia de detalhes em movimento como portas, ladrilhos, janelas e tudo mais, quartos imponentíssimos com o poder de cada um desde o do garotinho que é uma selva imensa, da garota das flores cheias de espécies conforme vai cantando e do rapaz da previsão do futuro toda a simbologia do tempo e obstáculos para o futuro, que aliado a personagens bem desenhados e cheios de detalhes ainda deram o tom para a trama, que como já disse é impecável em tudo. Quanto do 3D, temos bons momentos nas cenas das borboletas no final, da vela na história dela, e no ato com o garotinho correndo pela floresta em seu quarto que são bem bonitos e cheios de profundidade, mas certamente poderiam ter ido além.
Assim como os bons clássicos da Disney, o longa é cheio de boas canções bem envolventes que ditam tanto o ritmo quanto a essência da trama, e assim vale deixar aqui o link das canções para curtirem depois, inclusive com todas as cantadas em português, ou seja, dá para sentir mesmo antes de ir conferir, mas que na trama fazem muito mais sentido, então vá antes ao cinema.
Enfim, é um filme bem bonito e colorido, cheio de gracejos e reflexões familiares, passando bem a mensagem de pilares que podem ruir, mas que com a ajuda de todos podem ser reconstruídos, e assim vale o envolvimento e a recomendação da conferida. Além do longa, como todos da companhia, antes tem um belo curtinha pesadíssimo sobre aprender na dor feito por um tipo de guaxinim (acho) chamado "Longe da Árvore" que vale pensar bastante com ele, então não entre muito em cima da sessão para curtir ele também. E é isso meus amigos, fico por aqui agora, mas já vou para mais uma sessão do Varilux, então abraços e até logo mais.
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