terça-feira, 30 de novembro de 2021

Nosso Planeta, Nosso Legado (Legacy, Notre Héritage)

Pode até ser um pouco de implicância minha, mas documentário sem mais que uma opinião acaba virando programa da National Geographic ou Discovery Channel, com várias imagens e apenas uma narração interminável que não dá nem tempo para muita reflexão, e assim acaba cansando mais do que envolvendo. Não digo que o tema e toda a profundidade do assunto tratado em "Nosso Planeta, Nosso Legado" seja algo ruim de ver, muito pelo contrário, pois o diretor foi bem incisivo nas suas ideias, porém vale mais como um exemplar para ser visto em uma aula de cursinho do que como um exemplar nos cinemas, pois é basicamente ver tudo desde a criação da Terra até a pandemia atual, tudo o que o homem fez para transformar os diversos tipos energia que nos foi dado até hoje. Ou seja, é um documentário que pode impactar muitos pelo tema forte, e pela intensidade de tudo, que pode gerar reflexões e até mudar o hábito de alguns, mas como um entretenimento geral não agrada muito por ser algo de uma única e direta opinião: a do diretor.

O fotógrafo e diretor Yann Arthus-Bertrand faz um documentário pessoal, contando a história da natureza e do homem, a partir das próprias experiências. Priorizando o debate acerca dos danos ecológicos causados pelo ser humano, o filme apresenta soluções de reconciliação com a natureza e caminhos possíveis para um futuro menos devastado, que pode ser possível a depender de nossas escolhas enquanto sociedade.

Até poderia montar uma reflexão maior sobre o que o Yann Arthus-Bertrand analisou em seu filme, sobre as técnicas que é notável os diversos voos com drones, já que vemos nas imagens pessoas sempre olhando para cima, e claro valorizar muito todas as belíssimas imagens que arrumou para exemplificar sua ideia narrativa, mas estaria exagerando na reflexão, pois como costumo dizer um documentário é algo real bem exemplificado por alguém, pegando uma ou várias ideias, e trabalhando a montagem para que sua visão seja colocada na tela, e ele conseguiu fazer isso de uma forma até bem impositiva, agora se vai alcançar realmente as pessoas que precisam aprender mais a não destruir o planeta já é outra história.

Ou seja, é um filme que recomendaria para professores de Geografia e Biologia usarem quando for fazer algum tipo de aula multidisciplinar, mas que para ver apenas como um filme não encaixaria nos planos de ninguém. Sendo assim, fica a dica para todos, e eu fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos do Festival Varilux de Cinema Francês, então abraços e até logo mais.


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