Se o filme anterior do diretor e roteirista Yann Gozlan foi o fraquíssimo "Asfalto de Sangue", ele agora se redimiu completamente com o que entregou agora, pois temos um filme investigativo de primeiríssima linha, contando com diversas reviravoltas, toda uma proposta bem interessante cheia de desenvolturas incríveis, e principalmente mantendo o mistério completo até a última cena fez com que o filme causasse sentimentos que nem em sonho pensaria de ver em um filme. Ou seja, é daquelas tramas tão bem feitas e dirigidas que a vontade no final é aplaudir sem parar tudo o que fizeram, pois é perfeito do começo ao fim, fazendo com que não desgrudassemos o olhar um segundo sequer da tela.
Sobre as atuações, Pierre Niney é daqueles atores que odiamos em alguns filmes e amamos em outros, e aqui com seu Mathieu Vasseur ficamos no meio de tudo isso sem saber o que fazer com sua loucura, com sua teimosia e tudo mais, fazendo um papel tão imponente e cheio de personalidade que impressiona e impacta demais, sendo perfeito nas nuances, nos olhares e em toda a dinâmica que o personagem precisava ter, ou seja, detonou por completo. Lou de Laâge também foi perfeita com sua Noémie Vasseur, trabalhando em contraponto do protagonista, fazendo sínteses fortes em estar do outro lado, e principalmente criando muita intensidade nós diálogos com cada um, chamando a atenção, mas não ofuscando o personagem principal como deve ser. Quanto aos demais, cada um teve sua devida participação bem colocada, mas foram apenas bons encaixes já que o filme foca bem mais no protagonista, o que é bom demais, e assim sendo tanto André Dussollier com seu Philippe Rénier, Olivier Rabourdin com seu Victor Pollock e até mesmo Sébastien Ponderoux com seu Xavier acabaram sendo importantes para a dinâmica, mas não foram além do que precisava para funcionar o filme.
No conceito visual o longa trabalhou bem tanto as cenas no avião, quanto nas salas de investigação da BEA, e ainda mais na casa de Polock com vários equipamentos incríveis e tudo mais sendo muito bem representado e mostrado para o público entrar no clima e ir montando todo o quebra cabeça. Além disso a equipe de som foi incrível em trabalhar todos os sons e dinâmicas junto de cada elemento da trama, fazendo com que o público ficasse tenso e se envolvesse acusando cada personagem e cada síntese apresentada, ao ponto que acabamos querendo ver tudo, cada detalhe, cada barulho e tudo mais para investigar junto e acertar no eixo da acusação.
Enfim, é um tremendo filmaço daqueles que vamos sempre lembrar e indicar para todo mundo, pois merece demais!!! Diria que estou até com medo da minha próxima sessão do Varilux, pois vai ser difícil algum filme chegar próximo do que vi agora, mas é isso pessoal, indico demais o longa para todos, e vou agora para mais uma sessão, então abraços e até logo mais.
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