O estilo do diretor alemão Holger Tappe é de brincar com animais e cores, isso já ficou bem determinado em suas duas produções anteriores, e ele possui uma boa técnica e sabe brincar com os personagens, mas como disse ainda falta o acerto claro de público-alvo, pois o gênero animação abrange um nicho muito grande e com uma variedade imensa de gostos, e se não pega a garotada logo no começo, pode esquecer qualquer tentativa que não vai pegar mais, e é bem isso o que acabou ocorrendo aqui, pois não temos um filme ruim, muito pelo contrário, ele melhorou consideravelmente a bomba que havia feito em 2017, fazendo aqui uma animação gostosinha de curtir, com uma pegada mais tradicional e interessante de ver, e assim se trabalhasse melhor a tematização o resultado seria bem melhor e funcionaria mais.
Sobre os personagens procuraram dar mais carisma para os membros da família, colocando eles com trejeitos mais bobinhos e brincando em alguns atos para que o público se conectasse mais com eles, e isso deu certo ao menos para que cativasse alguns atos, mas tudo é exageradamente bobo, tanto que não teria a necessidade do garotinho Max toda hora ter sua calça caindo, era mais fácil pegar uma calça maior, e seu jeito dentro do lobinho ficou até que engraçado, mas sem muitos poderes para demonstrar. A irmã toda hora explosiva e direcionada, os pais meio que jogados em cena, ao ponto que dessa vez o ar ficou mais próprio para os vilões, já que a família perfeita Star foi bem marcante com suas invenções, e claro a garotinha Mila foi entregue com muita dinâmica e cheia de elementos bacanas em sua mochila, assim o filme se manteve bem clássico ao menos nesse sentido, mas poderiam ter colocado mais texturas, mais jogadas para com os monstros e até mais personagens envolvidos, pois tudo ficou abstrato demais.
Visualmente o longa foi bacana por ir a diferentes lugares e trabalhar ambientes diversos como neve atrás do Pé Grande, no fundo do lago Ness para achar o monstro, e em um paraíso tropical atrás do Kong, além claro da casa no espaço da família Star, e assim brincando com tecnologias e muitas cores a equipe de arte trabalhou bons elementos e conseguiu chamar atenção em todas as cenas, sendo algo meio seco de texturas, mas aparentemente mesmo não vindo o longa em 3D, tendo profundidades e muita coisa trombando na tela, o que provavelmente vai funcionar nas TVs.
Enfim, é uma animação bacana, que foi bem melhorada, mas que não tem jeito de pegar muito a garotada, pois como disse os menorzinhos não vão entender muito a ideia, e os mais grandinhos vão achar bobo demais, sendo daqueles filmes que os pais até curtem o que verão na tela, isso se a garotada não inventar de sair antes da sessão. Sendo assim, fica a dica para quem estiver pensando em ir conferir ele. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado por comentar em meu site... desde já agradeço por ler minhas críticas...