Diria que os diretores Harry Cripps e Clare Knight estrearam muito bem no novo posto depois de escreverem e trabalharem em muitos outros longas, pois já vimos várias vezes com "Madagascar" a tentativa e o desejo dos animais de voltarem para o zoo, e aqui é justamente inversa a proposta de mostrar que lugar deles é no seu próprio meio ambiente, e usando de boas dinâmicas, trabalhando bem piadas e sacadas com os animais mais perigosos e feios do mundo todo, tudo vai encaixando como uma luva, vão nos entregando momentos bem dinâmicos e gostosos, e junto com uma desenvoltura cheia de bons efeitos e perspectivas, a trama serve quase como um road-movie diferenciado, entregando bons atos, bons personagens, uma história convincente e divertida, e claro tentando até desmitificar que animais peçonhentos são malvados (pelo menos nas animações!), brincando com toda a ideia e agradando com muito colorido, muita perspectiva (talvez numa TV 3D o longa seja ainda mais bacana), e funcionando demais, ao ponto que até torceremos quem sabe para uma continuação algum dia mostrando a vida dos animais no seu lar.
Sobre os personagens e as dublagens, como sempre conferi legendado, e as vozes de Isla Fisher como Maddie, Guy Pearce como Frank, Angus Inrie como Nigel, Miranda Tapsell como Zoe e Tim Minchim como Pelúcio foram bem marcantes e interessantíssimas de ouvir, dando personalidade e fofura para cada um deles, desde a cobra carismática até a aranha dançarina, além claro do coala desagradável cheio de frases malvadas (se dizendo capricorniano!), ao ponto que todos acabam sendo bacanas de ver, e até mesmo os bem secundários como Jacki Weaver como a jacaré Jackie, ou Rachel House como a tubarão Jacinta ou o cantor Keith Urban dando sua voz para o sapo Doug caíram muito bem em cena. E até mesmo os "vilões" vividos Eric Bana e Diesel La Torraca brincaram bem em cena e foram bem chamativos, pois todos foram desenhados de uma maneira simples, mas bem trabalhada, que acaba trazendo carisma e envolvimento para cada um aparecer e agradar, de forma que vamos entrando no clima completamente e torcendo por cada um para o que deseja em sua vida, ou seja, é uma animação simples, mas que encaixa muito bem na proposta toda.
Visualmente já falei o longa tem muitas cores, mas que inserido na cenografia bem desenhada da Austrália, o resultado é algo bem cheio de detalhes, mostrando coisas que já vimos em outros filmes, e muita desenvoltura cênica com uma profundidade bem marcante que como disse pode ser que em 3D ainda agrade bastante quem gosta da tecnologia, mas não necessitando disso, o longa diverte por toda a interação entre os personagens, todos os ambientes bem colocados (alguns meio que nojentos para alguns, mas que funcionam dentro da proposta), e que resulta em um belíssimo resultado visual, e assim acaba agradando bastante também em tudo.
Outro ponto bem satisfatório na trama foram as escolhas musicais do longa, algumas incorporando momentos e dando dinamismo para todo o longa, outras sendo originais e bem colocadas para os atos em si, ao ponto que acabam até sendo engraçadas e bem usadas no filme inteiro, valendo a conferida no filme e depois em casa pela playlist que deixo o link aqui.
Enfim, fui conferir esperando bem pouco da animação, pois aparentemente parecia ser algo bem infantil, mas o resultado é bem trabalhado, tem piadas até bem adultas, mas que acaba agradando todos, pois é simples, bem feita e tem toda uma simbologia bem colocada para divertir do começo ao fim, sendo uma grata surpresa para quem ainda não deu o play, então fica a dica. Bem é isso meus amigos, eu fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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