Netflix - Um Menino Chamado Natal (A Boy Called Christmas)

12/18/2021 11:36:00 PM |

Semana que vem já é Natal, então claro que temos de conferir alguma produção natalina para vir algum tipo de emoção nesses corações que só se empolgam com tramas cheias de suspense, e claro que se tem uma empresa que vem se especializando muito nesse estilo e comprando boas produções natalinas todos os anos é a Netflix, surpreendendo sempre com tramas cheias de carisma e muita desenvoltura para emocionar a todos com histórias bonitas e bem trabalhadas nos efeitos. E o longa da vez é "Um Menino Chamado Natal" que traz uma nova história sobre a criação da data de Natal em cima de uma lenda finlandesa, e que contando com bastante simbolismo e algumas lições bacanas acaba sendo envolvente e gostoso de curtir, mesmo sendo bem simples sem aproveitar mais os atos emotivos. Ou seja, passa longe de ser daqueles que vai fazer o público chorar ou entrar num clima maior, mas é bonito, tem uma essência bem trabalhada, e o resultado final agrada, valendo a conferida completa.

A sinopse nos conta que um garoto chamado Nikolas embarca em uma aventura extraordinária em busca de seu pai, que está à procura da lendária Vila dos Duendes. Acompanhado de uma rena teimosa e um rato de estimação, Nikolas acaba encontrando seu destino. Uma história emocionante, divertida e cheia de magia, onde descobrimos que nada é impossível.

O diretor e roteirista Gil Kenan andou meio que sumido das telonas, mas voltou já esse ano como roteirista do novo "Ghostbusters - Mais Além", e agora assumindo as duas funções na adaptação desse livro de Matt Haig ele conseguiu seguir bem o padrão de longas natalinos, desenvolveu bem técnicas e visuais charmosos com muita neve, e foi criativo com relação aos efeitos, brincando com as nuances dos personagens, trabalhando a magia como algo secundário, porém bem importante no segundo ato, mas principalmente foi sereno na desenvoltura emocional da trama, como uma história bem contada deve ser, fazendo todo o estilo de bem, mal, mortes impactantes, e estilos bem colocados, mostrando que um filme "infantil" não tem que necessariamente ser liso de situações fortes, e assim sendo o longa impacta, passa a mensagem bonita, e funciona, agradando sem ser explosivo, mas caindo bem na época em que merece ser entregue.

Sobre as atuações, o jovem Henry Lawfull fez bem os trejeitos carismáticos de seu Nikolas, brincando com olhares, sendo sereno de atitudes e até trabalhando bem seus olhares para os personagens animados, ao ponto que poderia ter ido um pouco mais além na desenvoltura para que o personagem fosse mais dinâmico, mas acredito que desejavam mais esse clima para o filme, e assim ele foi bem no que fez. Sally Hawkins está tão estranha como Mãe Vodol que achei até que o personagem fosse um homem, mas trabalhou alguns atos fortes, e só mudou no final com a intensidade bem colocada, ao ponto que talvez o filme precisasse de mais de sua história para ser completo, mas foi bem ao menos. Kristen Wiig também ficou bem estranha com o visual dado para sua Tia Carlota, ao ponto que deu nuances fortes e marcantes em seus atos, agradando bem na austeridade que precisava, e sendo bem simbólica na trama. Toby Jones também entregou poucos atos com seu Pai Topo, mas envolveu e fez bem eles para ser representativo, ao ponto que todos da vila precisariam de algo a mais, mas acabou não rolando. Zoe Colletti fez uma fadinha bem bacana e divertida por só poder falar a verdade, e sua desenvoltura é graciosa, mas meio exagerada, ao ponto que tudo poderia ser mais singelo e doce com ela, mas foi bem. Maggie Smith é daquelas atrizes que merecem sempre mais, mas lhe dão papeis tão fechados que ela acaba nem indo além, e aqui sua Tia Ruth é mais narradora do que uma personagem realmente, mas seus atos finais foram bem bacanas e interessantes pela proposta completa.

Visualmente o longa é bem bonito, cheio de neve para todos os lados, uma floresta bem densa e branquinha, e uma vila dos elfos bem desenhada e cheia de elementos cênicos mágicos bem colocados, a casa do protagonista bem simples e marcante, e até o castelo do rei foi sem grandes regalias, mostrando que a produção não quis fazer algo gigantesco para si, mas tudo bem simbólico e claro como um Natal deve ser: festivo, carismático e marcante, ou seja, assim até mesmo as cenas mais fortes acabaram tendo nuances clássicas e diretas, com personalidade e envolvimento, além de efeitos computacionais bem interessantes de ver.

Enfim, está longe de ser um filme impactante, mas que funciona bem dentro do tema, e acaba agradando pelo simbolismo passado e pelas boas dinâmicas da trama, ao ponto que podemos dizer que é mais um novo formato do surgimento do Papai Noel, e assim tanto as crianças quanto os mais velhos poderão curtir em família o longa em casa, e sendo assim deixo a recomendação aqui. Bem é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.


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