O diretor e roteirista Gil Kenan andou meio que sumido das telonas, mas voltou já esse ano como roteirista do novo "Ghostbusters - Mais Além", e agora assumindo as duas funções na adaptação desse livro de Matt Haig ele conseguiu seguir bem o padrão de longas natalinos, desenvolveu bem técnicas e visuais charmosos com muita neve, e foi criativo com relação aos efeitos, brincando com as nuances dos personagens, trabalhando a magia como algo secundário, porém bem importante no segundo ato, mas principalmente foi sereno na desenvoltura emocional da trama, como uma história bem contada deve ser, fazendo todo o estilo de bem, mal, mortes impactantes, e estilos bem colocados, mostrando que um filme "infantil" não tem que necessariamente ser liso de situações fortes, e assim sendo o longa impacta, passa a mensagem bonita, e funciona, agradando sem ser explosivo, mas caindo bem na época em que merece ser entregue.
Sobre as atuações, o jovem Henry Lawfull fez bem os trejeitos carismáticos de seu Nikolas, brincando com olhares, sendo sereno de atitudes e até trabalhando bem seus olhares para os personagens animados, ao ponto que poderia ter ido um pouco mais além na desenvoltura para que o personagem fosse mais dinâmico, mas acredito que desejavam mais esse clima para o filme, e assim ele foi bem no que fez. Sally Hawkins está tão estranha como Mãe Vodol que achei até que o personagem fosse um homem, mas trabalhou alguns atos fortes, e só mudou no final com a intensidade bem colocada, ao ponto que talvez o filme precisasse de mais de sua história para ser completo, mas foi bem ao menos. Kristen Wiig também ficou bem estranha com o visual dado para sua Tia Carlota, ao ponto que deu nuances fortes e marcantes em seus atos, agradando bem na austeridade que precisava, e sendo bem simbólica na trama. Toby Jones também entregou poucos atos com seu Pai Topo, mas envolveu e fez bem eles para ser representativo, ao ponto que todos da vila precisariam de algo a mais, mas acabou não rolando. Zoe Colletti fez uma fadinha bem bacana e divertida por só poder falar a verdade, e sua desenvoltura é graciosa, mas meio exagerada, ao ponto que tudo poderia ser mais singelo e doce com ela, mas foi bem. Maggie Smith é daquelas atrizes que merecem sempre mais, mas lhe dão papeis tão fechados que ela acaba nem indo além, e aqui sua Tia Ruth é mais narradora do que uma personagem realmente, mas seus atos finais foram bem bacanas e interessantes pela proposta completa.
Visualmente o longa é bem bonito, cheio de neve para todos os lados, uma floresta bem densa e branquinha, e uma vila dos elfos bem desenhada e cheia de elementos cênicos mágicos bem colocados, a casa do protagonista bem simples e marcante, e até o castelo do rei foi sem grandes regalias, mostrando que a produção não quis fazer algo gigantesco para si, mas tudo bem simbólico e claro como um Natal deve ser: festivo, carismático e marcante, ou seja, assim até mesmo as cenas mais fortes acabaram tendo nuances clássicas e diretas, com personalidade e envolvimento, além de efeitos computacionais bem interessantes de ver.
Enfim, está longe de ser um filme impactante, mas que funciona bem dentro do tema, e acaba agradando pelo simbolismo passado e pelas boas dinâmicas da trama, ao ponto que podemos dizer que é mais um novo formato do surgimento do Papai Noel, e assim tanto as crianças quanto os mais velhos poderão curtir em família o longa em casa, e sendo assim deixo a recomendação aqui. Bem é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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