O filme nos conta que quando a próspera empresa farmacêutica Umbrella atuava em Raccoon City tudo ia bem, mas agora que foi embora deixou nada mais do que uma cidade fantasma. O êxodo da empresa deixou a cidade cheia de perigos ainda a serem descobertos. Mas quando o mal é liberado, a população local é ameaçada e apenas um grupo de sobreviventes sobraram para descobrir o mal que se esconde na cidade e na antiga Umbrella para sobreviver a noite.
Diria que o diretor e roteirista Johannes Roberts trabalhou bem na forma de retratar o jogo para a telona, pois com sua experiência em filmes de terror soube conduzir uma trama cheia de tensão e momentos fortes que são bem clássicos do jogo, trabalhando o clima, o ambiente e toda a estética em si, porém ele esqueceu duas coisas principais, a de contar um pouco mais de história e agradar aos fãs novos da franquia que jogam jogos muito mais trabalhados que necessitam de uma intensidade mais forte. Ou seja, a galera que jogou nos anos 90/2000 vai curtir bem a essência do longa, mas a galera da nova franquia vai só ver defeitos, e isso é ruim para um filme, e sendo assim digo que faltou explosão para a trama, pois o pessoal até verá bem os elementos que desejavam na tela, mas não irão ver um filme de terror e tensão mesmo de grandiosas qualidades que esperavam para a franquia RE.
Sobre as atuações, diria que o novo elenco soube encontrar boas emoções para representarem Claire, Leon e companhia na tela, ao ponto que muitos gostam desses personagens do jogo, enquanto muitos preferem outros, mas seus trejeitos foram bem colocados ao menos. Kaya Scodelario trabalhou sua Claire com uma pegada até que forte e rebelde, mostrando atitude e desenvoltura para o papel, ao ponto que toda a síntese da personagem é mostrada no orfanato, sua fuga e tudo mais, mas poderiam ter dado mais cenas para ela, para que não ficasse tão subjetiva na maior parte do tempo. O mesmo acabou acontecendo com Robbie Amell com seu Chris, tanto que no miolo já estamos até confundido ele com outro personagem que tem mais importância na tela, ou seja, ele não se entrega e nem quase aparece, o que é ruim. E falando do outro personagem, Tom Hopper foi bem imponente com seu Wesker e jogou muito com estilo, fez as clássicas jogadas usando o pad, e fez toda a pinta de durão que o papel pedia, mas também podia ter ido além. Quanto do Leon vivido por Avan Jogia, deram um ar muito jogado, de filhinho de papai que só está na polícia por indicação e não sabe fazer nada direito, ao ponto que não vemos alguém pronto para atacar os zumbis, e isso acabou ficando meio estranho de ver. Quanto aos demais, vale falar de Hannah Jonh-Kamen com uma Jill bem imponente, que parte para cima de tudo, e Neal McDonough com seu Birkin nem tanto pelas cenas do médico em si, mas sim pelo que vira no final.
Como disse o filme em si vale pelo visual e pelos elementos clássicos do jogo que foram trabalhados e bem representados no longa, ao ponto que tudo vale ser notado para lembrar da época que jogávamos bastante o game, porém poderiam ter caprichado um pouco mais nos efeitos especiais para que o filme causasse mais tensão, tivesse melhores explosões e até parecesse algo mais dos anos atuais de qualidade técnica, pois usaram tantas texturas antigas que ficou parecendo um filme feito nos anos 90, e não era essa a proposta.
Enfim, não é um filme memorável que vamos lembrar pelas técnicas cinematográficas da melhor qualidade, ou por uma representação perfeita do jogo, e por esse motivo os críticos estão massacrando o longa mundo afora, mas quem entrar de cabeça na trama, lembrar de como era o jogo na época, e vivenciar cada um dos elementos bem representados no filme vai acabar curtindo bastante, e assim sendo eu acabo até recomendando ele. Bem é isso meus amigos, eu fico por aqui agora, mas hoje ainda volto com mais dois longas, então abraços e até logo mais.
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