Sei que muitos podem amar e se conectar com a ideia completa da trama, mas diria que a estreia da atriz Maggie Gyllenhaal como roteirista e diretora foi um pouco cansativa demais, ao ponto que ficou parecendo ser uma trama feita exclusivamente para o cinema de arte, com pegadas que talvez algumas mães se enxerguem na loucura de amar e odiar as crises dos filhos, e se ver em jogos e sentidos para se satisfazer que nem para elas fazem algum sentido. E dessa forma o filme soa introspectivo demais, com nuances amarradas demais, e que dificilmente quem não se conectar de cara com o longa irá curtir, achando ter gasto duas horas de sua vida para algo que não envolve, não emociona, e o pior, não causa nada no expectador, sendo algo morno demais para chamar qualquer atenção.
Sobre as atuações, como sempre Olivia Colman sabe segurar muito bem uma trama, e se não fosse por seus atos malucos, porém bem marcados, de sua Leda, certamente o filme ficaria ainda mais cansativo, pois ela se doa, entrega trejeitos, e consegue impactar bem dentro da personalidade da protagonista, ousando em olhares, e criando bem seu ambiente, ou seja, é uma atriz até maior do que o projeto necessitaria, mas funciona bem. Jessie Buckley também entregou bons momentos como a protagonista mais jovem, mostrando claro as necessidades de uma mulher em meio aos filhos, trabalhos, estudos e tudo mais, criando bem o ambiente e sendo bem marcante quanto ao que faz em cena, o que acaba chamando a atenção. Agora Dakota Johnson acredito que tenha sido contratada apenas para que sua Nina ficasse olhando a protagonista, pois seus atos são muito parados e sem desenvoltura, mostrando uma personagem que até pode lembrar um pouco a protagonista jovem com suas intensidades, mas que não vai além, e isso pode ter pesado um pouco no desenvolvimento da trama. Quanto aos demais, diria que cada um apareceu pouco demais em cena, sem que criássemos nada com eles, tendo um Ed Harris trabalhando de forma meio que subjetiva demais com seu Lyle, Paul Mescal como um Will charmoso, porém sem atitudes, Jack Farthing fazendo um Joe que quase não entra em cena, e até mesmo as caras feias de Dagmara Dominczyk com sua Callie não impacta como poderia, ficando apenas algo estranho demais como se ela fosse dona da vila, ou seja, poderiam ter aproveitado mais todos para que o filme não dependesse apenas da protagonista.
Visualmente o longa tem até atos bem interessantes dentro do pequeno apartamento que a protagonista aluga, temos vários momentos tensos na praia da vila meio que afastada, mas bem trabalhada, e até alguns atos estranhos em um cinema, tudo sendo abstrato demais, tendo coisas estranhas saindo de uma boneca, tendo ainda alguns momentos do passado da protagonista com suas filhas em casa, e até mesmo alguns atos em um congresso, mas tudo muito alongado e sem símbolos claros para que o filme marcasse em algo, ou chamasse a atenção para algum momento, sendo como disse estranho por completo.
Enfim, é um filme que mais falha do que agrada, e que posso até não ter enxergado algo além que tenha em seu segundo plano, mas que como costumo falar, não tenho como indicar ele se não me cativou, e assim sendo é melhor dar play em outra coisa, a não ser que queira um filme para pegar no sono fácil. Bem é isso pessoal, fico por aqui agora, mas vou encarar mais algo hoje pra ver se o primeiro dia do ano dá uma melhorada, pois foi um começo ruim com esse longa, então abraços e até logo mais.
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado por comentar em meu site... desde já agradeço por ler minhas críticas...