Diria que o diretor e roteirista Mattson Tomlin até teve a melhor das intenções na sua criação, pois é um filme apocalíptico bem interessante, aonde os robôs que eram para servir as pessoas passaram a se rebelar contra as pessoas, e no meio do caos a jovem que está grávida sonha em chegar a uma das cidades fortificadas e de lá ir para a Coréia aonde estão indo mulheres e bebês em segurança, até aí ideia linda, enfrentar os desafios de uma floresta abandonada, passar pela resistência de robôs, ser ajudada por um técnico de computação e tudo mais, mas isso ocorre demais com diretores estreantes em longas após vários curtas, pois começa a engrossar o miolo, colocar situações inusitadas, falar de coisas imponentes, mas a hora que vê já deu o tempo de tela e precisa acelerar tudo, esquecendo que não explicou nem metade das coisas finais, e assim o resultado final até poderia comover mais, ou ter mais desespero, mas é morno e falho, e isso acaba desanimando demais, e mostra um despreparo do diretor para com o tema.
Quanto das atuações, sempre gostei demais da forma que Chloë Grace Moretz personifica seus papeis, e aqui sua Georgia tem um bom tom, entrega dinâmicas características de mudanças de humor materno durante a gestação, e desenvolve bem seus atos (claro até a fatídica cena na cadeira de rodas no final), e assim mostra que entrou bem no clima tenso do longa e consegue segurar o filme para si, porém poderia ter ido além, poderia ter questionado o diretor para uma mudança no final, e tudo mais, mas nem sempre os atores tem esse direito, principalmente os mais novos, então fez bem o que foi pedido para ela ao menos. Algee Smith já ficou muito em segundo plano, afinal o longa foca mais no ar materno, mas o jovem deu bons atos para seu Sam, criou algumas boas dinâmicas e com isso se encaixou bem no que o filme propunha. Quanto dos demais, vale falar apenas de Raúl Castillo com seu Arthur, pois ele trabalhou bem suas nuances, foi fundo no processo emocional da trama, e conseguiu nos convencer bem com suas cenas, só diria que seu ato final foi meio falso, afinal até antes não funcionava bem isso, mas depois passou a funcionar, ou seja, tivemos alguns furos com seus furos também.
Visualmente o longa embora tenha muitas cenas com efeitos especiais, ficou mais simples com cenas dentro de florestas, uma casa abandonada, mas cheia de elementos usáveis, e até mesmo ao chegarem em Boston não quiseram ousar muito da cidade, tendo tudo se passando dentro de uma ala do hospital bem simples, e depois no porto com uma cena sem grandes alardes e a cidade ao fundo com vários focos de fogo, ou seja, o orçamento foi apertado, e gastaram um bom tanto com maquiagens para os androides, ao ponto que nem seus atos ficaram marcantes já que lembraram mais zumbis sem o ar cadavérico do que realmente robôs.
Enfim, é um filme de 110 minutos que tem 90 deles bem interessantes e bem trabalhados com leves falhas, e 20 que viraram um completo desastre, sendo assim uma recomendação extremamente arriscada para quem não gosta de finais ruins, então fica a dica para dar o play por sua conta e risco. Bem é isso meus amigos, eu fico por aqui agora, mas hoje ainda vejo mais um filme para passar o tempo, então abraços e até logo mais.
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