Em sua estreia como diretor, o ator Laurent Lafitte, até que foi criativo na ideia que desejava passar, mas quis ir por um caminho que é muito difícil de acertar que é a comédia de escracho, aonde se necessita exagerar em tudo e forçar a barra ao máximo para que o público se divirta, e se isso já é arriscado, ele ainda jogou para um cunho sexual, ou seja, algo que raramente dá certo em comédias de grandes diretores, quanto mais de alguém que está começando na carreira, e sendo assim o filme até consegue ter alguns atos engraçados, mas tem tantos ruins, vexatórios e abusivos que desanda demais, sendo daqueles que quem estiver assistindo irá torcer para que ninguém mais entre na sala, ou então a chance da pessoa ficar envergonhada é maior que o resultado geral do longa. Ou seja, é um filme que falhou tanto que no final acabamos pensando: qual era a história mesmo?
Sobre as atuações, o próprio diretor Laurent Lafitte até consegue sobressair um pouco mais fazendo o que já sabe, e seu Jean-Louis até tem alguns trejeitos interessantes, consegue passar alguns semblantes de preocupado com seu coração, mas na maior parte do tempo parece estar no automático de querer ver a cena ao redor, e isso é a maior falha que um diretor que é protagonista comete, ou seja, falhou nos dois lados. Karin Viard até tentou ser mais explosiva com sua Valérie, trabalhando expressões e dinâmicas, mas seus atos não chegam a chamar atenção, e com isso fala demais e impacta de menos. Vincent Macaigne ainda deve estar se perguntando se o cachê que recebeu pelo papel de Michel valeu pelo que precisou fazer em cena, pois chega a ser mais do que bizarro, e sim desolador, pois o ator não teve que atuar, mas sim fazer absurdos cênicos tão jogados que assusta até. Fiquei com dó de Hélène Vincent com seus quase 80 anos tendo de fazer uma produção desse tipo, aonde a atriz até trabalhou algumas nuances de sua Brigitte, foi bem concisa nos seus atos, mas não deu para salvar. E por fim Nicole Garcia faz a guru Margaux, que é daquelas que consegue influenciar qualquer pessoa, e foi a menos ruim da trama, pois seus trejeitos convenceram, seus atos foram bem marcados, e a atriz soube ser direta em cena, o que é algo bem difícil com tudo o que rola aqui.
Visualmente o longa até tem alguns passeios em ruas, restaurantes e academias, mas o foco é na casa do protagonista, de sua mãe e num consultório pequeno, mas bem estranho pelas pinturas e estátuas de fundo que parecem vivas, mas a base toda na casa do protagonista é simples, tendo vários elementos cênicos para mostrar o estilo de vida deles, além de uma cena do passado mostrando a casa da ex-namorada riquíssima com uma cena pra lá de bizarra, ou seja, a equipe de arte montou bem os ambientes, mas em nada ajudaram a compor toda a loucura do filme.
Enfim, é um filme que confesso que esperava não ser algo surpreendente, mas que no meio estava pensando em como não poderia piorar e piorou, ou seja, não tenho como recomendar de forma alguma, muito pelo contrário recomendo não assistir, e assim eu fico por aqui hoje, pois até desanimei com tudo, então abraços e até amanhã.
PS: Alguns vão falar, como você odiou o filme e ainda deu nota 2, a resposta é que ri de alguns absurdos da trama, e assim alguns atos até salvaria se não fosse todo o restante.
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