Como é uma trama baseada um musical de grande sucesso, aonde praticamente toda a história é contada apenas no sapateado, foram criativos no desenvolvimento da história completa, mostrando que os diretores Dave Rosenbaum e Eamonn Butler após trabalharem em vários longas grandiosos de Hollywood resolveram estrear na função principal criando algo bem impactante pelo simbolismo passado, pela valorização de uma cultura diferente que é a dança irlandesa de sapateado, e brincando com isso com toda a ideia do fluxo de um rio, da criação de vida diária nesse lugar, usando para isso animais, magia e tudo mais. Ou seja, é um filme que de certa forma é necessário refletir muito para compreender toda a desenvoltura e não ficar apenas viajando nos bichos dançando, mas que de certa forma poderiam ter trabalhado um pouco mais para que tudo tivesse um cerne mais fácil e colorido para pegar a todos.
Sobre os personagens, tanto o garotinho quanto a garotinha são meio insossos na trama, não chamando muita responsabilidade, nem emocionando o tanto que deveriam, mas os alces são bem divertidos, tem todo um estilo bem trabalhado desde o grandalhão quanto os mais bobinhos, e conseguem segurar bem a trama, além da graciosidade dos sapinhos, ou seja, é uma trama infantil, mas os personagens não foram tão colocados para as crianças, e mesmo tendo doses bem bobinhas, cada um tem sua síntese, desde a representação do avô, da ideia da quebra do fluxo da vida recaindo a escuridão, do aprender novas coisas, e por aí vai. Já quanto dos secundários da cidade, um exagero em cima do outro desde a dona da loja de música, da loja de doces, dos rapazes esportistas, e por aí vai, sendo apenas colocados em cena para ter algum tempo extra.
Visualmente o longa é bem colorido, sem exageros nas texturas, ou seja, parecendo realmente um desenho não querendo ser realista como algumas animações andam entregando, e cheio de personagens bobinhos para tentar chamar a atenção da criançada, ou seja, um ambiente mágico aonde os personagens vivem, trabalhando conceitos de vida e morte, mas tudo bem subjetivo, com elementos cênicos marcantes para dar as devidas nuances de crescimento/aprendizagem, e assim o resultado até é bem simbólico, trabalhando inclusive a festa tradicional irlandesa de São Patrício.
Enfim, é um bom filme, nada impressionante, que funciona no que se propõe que é transferir o musical que é apenas de sapateado para algo com um pouco mais de vida, mas com muito sapateado também, e tendo claro as devidas simbologias, acaba resultando em algo bonitinho de se envolver até. Ou seja, recomendo com as devidas ressalvas para um bom passatempo ou para quem quiser rir e ver as ideias malucas de bichos sapateando. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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