Como é um filme tão maluco, mas tão maluco, fiquei realmente preocupado com o tanto da droga que é mostrada no longa que o diretor e roteirista Chistopher MacBride ingeriu para fazer o longa, pois longe do filme ser algo ruim, mas é tão confuso e abstrato que ficamos pensando de onde pode sair tantos conflitos, sendo daquelas bagunças de trama que se você piscar já se perde completamente e fica preso num loop imenso sem saber como sair, ou seja, o diretor conseguiu criar uma trama cheia de ideias e sentidos, que só bem próximo do final conseguimos entender uma das partes da história, e algumas outras vamos pescando durante toda a exibição, ficando tudo razoavelmente explicado, ou ao menos com nuances que possamos entender. Sendo assim, diria que é daqueles filmes que até possuem uma trama simples para ser estudada, mas que foi tão trabalhado de idas e vindas, de quebras de tempo e psicodelias que nem sabemos no final se entendemos tudo, mas diria que com um pouco mais de tempo se consegue compreender bem a ideia.
Sobre as atuações, Dylan O'Brien amadureceu tanto nos últimos anos que logo mais deve encaixar personagens ainda mais impactantes, pois já entrega olhares fortes, nuances bem colocadas, e aqui seu Fred é daqueles que ficamos com raiva de ficar pensando demais, procurando coisas aonde nem sabe se existe, e fazendo sua mente e a nossa viajar demais, e se entregando por completo faz cenas bem malucas e interessantes de ver. A atriz Maika Monroe trabalhou também com muita intensidade nos olhares de sua Cindy, e a maquiagem brincou muito com seu rosto ao ponto de em alguns atos nem a reconhecermos direito, e isso deu uma perspectiva bem bacana e interessante para seus momentos, ou seja, agradou com o que fez. Ainda tivemos bons momentos de Emory Cohen com seu Sebastian meio maluco, meio agitado, mas bem colocado, tivemos Hannah Gross introspectiva demais com sua Karen, e parecendo até ser uma personagem perdida, mas no final tudo acaba se encaixando, e ainda tivemos Keir Gilchrist com um Andre mais maluco que tudo, se jogando forte nos atos com a droga, e nos atos calmos ficando meio que estranho, mas de uma maneira até que acertada. Quanto dos personagens mais secundários ainda, vale o destaque claro para a mãe do protagonista vivida por Liisa Repo-Martell pela forma estranha de suas cenas, e para Ian Matthews como um drogado/mendigo com chifres bem estranhos.
No conceito visual o longa é bem sujo e cheio de tantos efeitos psicodélicos, tantas mudanças cênicas com idades, cabelos, figurinos e tudo mais, que confesso que fiquei com dó da equipe de arte, do editor e da equipe de maquiagem, e nem tenho como falar do continuísta, pois esse morreu na metade do filme, afinal é muita coisa sendo colocada em tudo quanto é lugar, é objeto cênico importante em tudo quanto é cena, é personagem aparecendo diferente a toda hora, ou seja, colocaram a base na escola, numa zeladoria, num casarão abandonado, no escritório, num hospital, no apartamento do protagonista, mas esses lugares praticamente se entrelaçam a todo momento, o que dá um luxo a mais para o filme.
Enfim, é um filme que prende bastante, mas que é tão confuso de situações que não dá para indicar na certeza de que quem for ver irá curtir, pois como já disse piscou um olho já perdeu toda a nuance completa, e não vai entender mais nada, e assim a maioria vai acabar achando ele muito ruim. Ou seja, fica a dica para conferir com bastante calma, e se envolver com a bagunça completa, e depois refletir o quanto que o diretor tomou da droga para fazer tudo isso. Bem é isso meus amigos, eu fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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