É muito engraçado quando vou ver a filmografia de determinado diretor, pois vemos que ele é ator de tantos filmes que nem lembramos, que já dirigiu grandes estrelas, e que cada vez está melhor no que faz, e isso é uma descrição bem curta para falarmos do potencial de Kenneth Branagh, que esse ano ainda pode levar muitos prêmios com seu outro filme "Belfast", que ainda não estreou por aqui, mas está extremamente bem falado nas premiações, e aqui fazendo novamente tanto a direção quanto o protagonista Hercule Poirot, ele acaba entregando muito em ambos os papeis, pois trabalha as cenas de um modo bem amplo, cria as devidas desenvolturas para o mistério ser mantido até o final, e trabalha a produção por completo criando tanto um ambiente incrível, e com câmeras pegando não só o que está dentro do navio, mas sim tudo ao redor, fazendo o Egito, que costumeiramente já é bem misterioso, entregar o clima para sua história fluir, e como flui, pois o envolvimento é a chave para que o estilo não canse, e se lá no filme de 2017 essa foi a minha reclamação, aqui nem vemos espaços para momentos tranquilos, e assim o resultado até vai além, mas claro após o começo fora da trama completa, que será usado apenas no final, e nem sei se faz parte do livro. Ou seja, Branagh foi perfeito no que fez, tendo muita segurança como diretor, e também foi muito bem atuando, dando show por completo.
E já que comecei falando da atuação do diretor Kenneth Branagh, vamos seguir falando de como ele entregou novamente uma personalidade marcante para seu Hercule Poirot, pois mostrou tanto a época do jovem personagem na guerra no começo, mostrando suas cicatrizes, a qual parecia até meio que desnecessária, mas acaba servindo de base no fechamento do longa, e assim vemos o ator por completo, sendo rude quando precisava, direto nas movimentações, e fazendo um papel bem marcante na trama. Gal Gadot é daquelas mulheres que entregam tanto em cena, que mesmo aparecendo menos que os demais com sua Linnet, acaba entregando tanto para o papel, faz suas devidas desenvolturas, dá o devido envolvimento e acerta em cheio tudo o que faz do começo ao fim, além de ter seu momento Cleopatra que viverá muito em breve na adaptação do filme de mesmo nome, ou seja, perfeita e marcante. Armie Hammer trouxe o seu famoso estilo canastrão para o seu Simon, e isso é sempre bom de ver, mostrando muito do ator que ele é (não estou botando em pauta seus atos pessoais, afinal isso não entra em questão aqui), e cada momento seu tem a devida desenvoltura, tem o estilo certo, expressões marcantes e muito acerto para envolver e chamar atenção. Não conhecia a atriz Emma Mackey, mas seu estilo forte e com olhares densos que entregou para sua Jacqueline é daqueles que muitos papeis de vilãs necessitam, então diretores fiquem de olho nela, pois pode surpreender futuramente, e aqui a jovem foi precisa nos atos, e claro se entregou muito em vários atos. Ainda tivemos muitos outros personagens na trama, alguns aparecendo mais, outros menos, valendo bem para a conexão completa, mas valendo destacar mesmo Tom Bateman com seu Bouc bem presente em tudo, cheio de aberturas para desconfiarmos dele, mas com nuances tão bacanas de amizade com o protagonista que acabamos até torcendo pelo rapaz, pois ele foi bem demais, e por último, mas não menos importante Sophie Okonedo botou o gogó pra jogo fazendo a cantora Salome, e foi impactante em muitos atos, agradando bem em seus atos.
Visualmente o longa tem cenários incríveis pelo Egito, tendo locações nas pirâmides, em santuários, mas principalmente mostrando bem o navio Karvak cheio de estilo, um hotel maravilhoso, muitos elementos cênicos para serem usados em tudo quanto é canto, shows em boates bem marcantes e envolventes, e além de tudo isso, muitas representações misteriosas nas margens do rio Nilo, mostrando povos fazendo seus afazeres, suas rezas, animais vivendo e tudo mais que giram aquela chave de pontuar no mistério do navio, ou seja, o diretor não quis ficar preso apenas ali, e conseguiu dinamizar um pouco de tudo.
Enfim, é um filme muito melhor que o primeiro no conceito completo, tem muito mais dinâmicas, não cansa mesmo com mais de duas horas de projeção, e que agrada demais na complexa investigação de tudo, porém diria que entregaram um pouco fácil demais a resolução, sendo alguns elementos óbvios demais, que mereciam um pouco mais de atitude do protagonista, e principalmente na cena dos tiros com correria ficou meio que não muito convincente de quem foi a pessoa ali, mas como é assim no livro, então jogo que segue, e sendo assim recomendo o filme principalmente para quem não leu o livro, afinal a galera leitora demais só anda reclamando das adaptações não serem exatamente iguais com cada personagem, e assim o resultado é não fazerem mais outros livros, então vá, apoie, se divirta e torceremos por mais Poirot nos cinemas. E é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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