Diria que o diretor e roteirista Aneil Karia foi bem efetivo em seu primeiro longa metragem, mas deveras afobado assim como o protagonista, pois tudo parece explodir na trama do começo ao fim, desde a cabeça dele até seus atos mais simples, e isso ao mesmo tempo que acaba sendo bacana e bem interessante, também acaba sendo maluco demais, pois quem não entrar no clima do longa e surtar junto com ele, irá achar tanto a ideia como o desenvolvimento do filme algo meio que fora da casinha, e isso que é bacana de ver, pois poderíamos esperar qualquer coisa do personagem, de seus atos, e até mesmo de qualquer pessoa ao seu redor, e com isso a câmera desenfreada pode olhar tanto para o personagem quanto para ao redor, pode surtar junto ou acalmar, e com essa fluidez maluca, o resultado acaba sendo completamente inesperado, e é justamente isso o que o diretor deseja, o surto e o reflexo dele, que é onde nossa mente trabalha, e assim o acerto vem.
Sobre as atuações, tenho de pontuar somente sobre o protagonista Ben Whishaw que se entregou completamente para seu Joseph, fazendo caras, bocas, dinâmicas, se jogando, pulando, chacoalhando, correndo, e tudo mais que se possa pensar num momento de surto, desde as coisas normais e comuns até as mais ilegais e malucas, aonde claro dificilmente se safa numa repetição insana, e assim praticamente entramos no mesmo clima e ritmo dele do começo ao fim surtando junto, o que é muito bacana como experiência, pois tem duas forma básicas de ver o filme, a de ir contra ele, e a de entrar no mesmo ritmo, e assim a loucura vai muito além, e funciona mais ainda, mostrando tanto a boa personificação que o protagonista entrega, quanto a ideia completa funcionando, e assim tudo se encaixa e agrada demais, ao ponto de querermos até mais dele. Quanto aos demais, vale apenas algumas citações para a mãe do protagonista vivida por Ellie Haddington com nuances fortes e bem emotivas, e também colocar os atos diretos com Jasmine Jobson com sua Lily, mas tirando claro o ato explosivo na casa dela, nem lembraríamos de ter aparecido, e sendo assim o filme se completa com muitos figurantes, alguns com um pouco mais de fala, mas nada que vá muito além do olhar descrente do maluco que está na sua frente.
Visualmente o longa passa pelo setor de vistoria de um aeroporto, alguns momentos em trens, o apartamento do protagonista, a casa dos pais, vários atos em trens, muita correria nas ruas, o apartamento minúsculo da companheira de trabalho, um mercadinho e uma loja, alguns bancos, e até mesmo um hotel aonde conhecemos bem o interior de um colchão e de tudo mais que tem ali, incluindo uma festa privada, sendo tudo muito representativo para mostrar a realidade dos atos, ou seja, posso dizer facilmente que nenhum momento foi criado, e assim o resultado acaba indo muito além, mostrando primeiro que a direção quis algo insano, e num segundo momento que a equipe de arte saiu mais correndo junto com os produtores para liberações do que realmente criando algo, e assim o resultado explosivo funcionou ainda mais.
Enfim, é um filme que friso ser bem mais fechado para um público menor, mas que quem curte esse estilo de loucura e frenesi, e entrar completamente de cabeça na ideia da trama vai acabar gostando bastante do que verá, mas também já adianto que muitos vão odiar, pois a história em si é bem básica de um surto explosivo aonde o protagonista sai fazendo tudo e muito mais, e assim é o famoso ame ou odeie, não tendo como ficar em cima do muro. E eu diria que adorei a ideia toda, porém quase surtei junto com o personagem, pois a vontade de explodir igual é bem alta, e sendo assim recomendo o longa com toda a certeza de gatilhos possíveis. E é isso meus amigos, eu fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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